- A Nvidia está fornecendo supercomputadores com chips Blackwell B200 para o Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (Ceia-UFG).
- A entrega deve ser concluída até o final do mês e visa impulsionar pesquisas em inteligência artificial no Brasil.
- O investimento total é de R$ 40 milhões, provenientes dos governos federal e estadual, beneficiando cerca de 70 projetos.
- Os chips Blackwell B200 podem acelerar a execução de modelos de inteligência artificial em até 15 vezes, reduzindo o tempo de treinamento de sistemas.
- O Ceia-UFG, criado em 2019, já tem parcerias com mais de 90 organizações e desenvolve soluções adaptadas à realidade local.
A Nvidia, líder em tecnologia de chips para inteligência artificial, está fornecendo supercomputadores com chips Blackwell B200 para o Centro de Excelência em IA da Universidade Federal de Goiás (Ceia-UFG). Essa iniciativa, que deve ser concluída até o final do mês, visa impulsionar pesquisas em IA no Brasil, com foco em soluções adaptadas à realidade local.
Os supercomputadores, que utilizam a avançada arquitetura DGX, permitirão um aumento significativo na capacidade computacional. Anderson Soares, coordenador científico do Ceia-UFG, destaca que a nova infraestrutura é essencial para superar as limitações atuais enfrentadas pelos pesquisadores brasileiros. Com um investimento total de R$ 40 milhões, oriundos dos governos federal e estadual, a universidade espera beneficiar cerca de 70 projetos em diversas áreas.
Os chips Blackwell B200 prometem acelerar em até 15 vezes a execução de modelos de IA, reduzindo o tempo de treinamento de sistemas. Por exemplo, um sistema de voz que antes levava três semanas para aprender uma nova voz agora pode concluir essa tarefa em apenas seis dias. Entre os projetos em desenvolvimento, destaca-se a criação de “humanos digitais” e ferramentas para detectar deepfakes.
Avanços e Parcerias
O Ceia-UFG, criado em 2019, já estabeleceu parcerias com mais de 90 organizações, incluindo grandes empresas como Vivo e Itaú. A universidade também lançou a primeira graduação em inteligência artificial do Brasil. Os projetos desenvolvidos até agora impactaram cerca de 150 milhões de pessoas e captaram R$ 300 milhões em investimentos.
Além disso, os pesquisadores estão trabalhando em modelos de linguagem específicos para o setor de energia, como o EnergyGPT, e na criação de um conjunto de dados soberano de voz. O objetivo é desenvolver soluções que atendam às necessidades locais, contribuindo para a autonomia do Brasil na corrida global por tecnologias de IA.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) reconhece a necessidade de melhorar a infraestrutura tecnológica do país. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) prevê R$ 23 bilhões em investimentos até 2028, com foco na ampliação da capacidade computacional e no fortalecimento de centros de pesquisa já existentes.
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