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18 de jul 2025

Super-heróis indígenas e drags amazônicas marcam encontros de fotografia em Arles

Festival de fotografia em Arlés atrai 23 mil visitantes na abertura, abordando vozes silenciadas e críticas sociais até 5 de outubro.

Imagem da série 'Warakurna Superheroes' (2017), de Tony Albert, D. C. Collins e Kirian Lawson, exposta nos Encuentros de Arlés. (Foto: Tony Albert, D. C. Collins e Kirian Lawson)

Imagem da série 'Warakurna Superheroes' (2017), de Tony Albert, D. C. Collins e Kirian Lawson, exposta nos Encuentros de Arlés. (Foto: Tony Albert, D. C. Collins e Kirian Lawson)

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A 57ª edição dos Encontros de Arlés, um dos festivais de fotografia mais importantes da Europa, ocorre até 5 de outubro na cidade francesa. Com o tema "Imágenes indóciles", o evento destaca a voz de povos silenciados e questões de identidade, atraindo um aumento de 15% no número de visitantes em relação ao ano anterior, totalizando 23 mil pessoas na semana de abertura.

O festival apresenta 47 exposições em 26 locais históricos, com forte presença de fotógrafos indígenas. Entre eles, o mexicano Octavio Aguilar, vencedor do Prêmio Découverte Louis Roederer, que utiliza a fotografia como forma de resistência simbólica, recontando histórias de sua comunidade em Oaxaca. As imagens de Aguilar buscam resgatar uma memória coletiva afetada pela colonização.

Temas e Exposições

As exposições abordam temas variados, como a vida em favelas brasileiras, a luta por visibilidade de minorias e a violência histórica contra afrobrasileiros e indígenas. A mostra "Futuros ancestrais" destaca artistas que denunciam essas violências, enquanto outras exposições exploram a vida queer e a transformação das normas sociais ao longo das décadas.

A fotógrafa Nan Goldin apresenta sua nova obra, "Stendhal Syndrome", que combina imagens de corpos clássicos com retratos contemporâneos, refletindo sobre a beleza e a dor. Goldin também usou sua plataforma para criticar a situação das pessoas trans nos Estados Unidos e a violência em Gaza, destacando a relevância política da arte.

Impacto Cultural e Críticas

O festival se tornou um ponto de referência para entender questões sociais através da fotografia, mas também enfrenta críticas. A gentrificação em Arlés, impulsionada pela inauguração da Fundação Luma em 2021, levanta preocupações sobre o impacto cultural e social na cidade, onde 24% da população vive abaixo da linha da pobreza. A transformação da cidade em um centro cultural de luxo contrasta com a realidade de muitos de seus habitantes.

Com a expectativa de que o número total de visitantes chegue a 200 mil até o final do verão, os Encontros de Arlés reafirmam seu papel como um espaço vital para a discussão de temas sociais e culturais, utilizando a fotografia como uma poderosa ferramenta de resistência e reflexão.

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