IBC-Br registra crescimento de 0,1% em novembro, superando expectativas do mercado

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que serve como prévia do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou um crescimento de 0,1% em novembro em relação a outubro, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) nesta quinta-feira. No acumulado de 12 meses até novembro, o avanço foi de 3,6%, enquanto o crescimento no ano atingiu 3,8%. O indicador reflete a atividade de setores como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Os dados mostram que, no trimestre encerrado em novembro, houve uma alta de 0,9% em comparação ao trimestre anterior e um crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado. A expectativa de especialistas era de estagnação, mas o resultado superou as previsões, que apontavam um recuo de 0,1%. Em outubro, o IBC-Br já havia registrado um aumento de 0,14%.

Em termos anuais, o IBC-Br cresceu 4,1% em comparação a novembro de 2023, e, com ajuste sazonal, a alta no trimestre foi de 0,89%. Esse desempenho robusto da atividade econômica é um fator que pressiona a inflação, levando o Banco Central a considerar ajustes na taxa básica de juros, a Selic. O aumento da renda e da demanda impacta diretamente os preços, influenciando a inflação.

Embora o IBC-Br e o PIB sejam indicadores distintos, ambos sinalizam a tendência da economia. O PIB, calculado trimestralmente pelo IBGE, representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, enquanto o IBC-Br utiliza estimativas de diferentes setores e impostos. No terceiro trimestre de 2024, por exemplo, o IBC-Br cresceu 1,1%, enquanto o PIB variou 0,9%.