31 de jan 2025
Faculdades particulares: como evitar dívidas e garantir a matrícula no orçamento
Estudantes enfrentam dificuldades financeiras, com 40% trancando cursos por dívidas. Programa Desenrola da Educação visa renegociar dívidas do Fies com condições especiais. Josiane e Thaís exemplificam os desafios, com dívidas que superam R$ 81 mil. Fintech Yolo Bank oferece ajuda na negociação de mensalidades com universidades. Educadora financeira sugere planejamento e alternativas de investimento para famílias.
Foto:Reprodução
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Alunos do ensino médio e de cursinhos enfrentam um momento decisivo: a matrícula nas universidades. Embora as instituições públicas sejam as mais desejadas, as faculdades particulares atraem muitos estudantes, que precisam estar atentos ao planejamento financeiro. Dados do Serasa revelam que 40% dos universitários com dívidas precisaram trancar o curso por dificuldades em arcar com as mensalidades. O último Censo do Ensino Superior de 2023 mostra que a rede privada representa 79% do sistema universitário, com mais de 7,9 milhões de alunos.
Para facilitar o acesso ao ensino superior, o governo oferece programas como o Prouni e o Fies. As inscrições para o Prouni, que disponibilizou mais de 338 mil bolsas integrais e parciais, estavam abertas até 28 de janeiro. O foco do programa é atender estudantes com renda familiar per capita de até R$ 2.277. Já o Fies, que não concede bolsas, oferece financiamento com condições facilitadas para quem tem renda familiar mensal bruta de até R$ 7.590. As inscrições para 67 mil vagas no Fies ocorrerão de 4 a 7 de fevereiro.
Nem todos os estudantes se sentem confortáveis com os programas do governo. Josiane de Souza, de 19 anos, sonha em cursar biomedicina, mas enfrenta dificuldades financeiras. Ela não conseguiu se classificar nas universidades públicas e considera as mensalidades de até R$ 2 mil nas instituições privadas inviáveis. Com medo de se endividar, ela opta por não se inscrever no Fies, que possui um saldo devedor de R$ 114,2 bilhões e uma taxa de inadimplência superior a 50%.
A situação de Thaís Ferreira, estudante de medicina, ilustra os riscos do endividamento. Sua família contraiu empréstimos para pagar mensalidades, acumulando uma dívida de mais de R$ 81 mil. Especialistas recomendam negociar diretamente com as faculdades, que costumam oferecer condições melhores do que os bancos. A fintech Yolo Bank, por exemplo, utiliza inteligência artificial para ajudar estudantes a renegociar dívidas com universidades. A educadora financeira Aline Soaper sugere que o planejamento financeiro comece cedo, priorizando opções de investimento que superem a inflação, como títulos públicos.
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