10 de fev 2025
Dólar recua a R$ 5,78 enquanto Ibovespa se valoriza em meio a incertezas tarifárias de Trump
O dólar fechou em queda a R$ 5,78, impulsionado pela valorização das commodities. A nova ameaça tarifária de Donald Trump pode impactar a economia global. A inflação nos EUA preocupa, podendo levar o Federal Reserve a manter juros altos. O governo brasileiro adota cautela, evitando reações imediatas às tarifas. Projeções de inflação no Brasil sobem, com IPCA previsto em 5,58% para 2025.
Foto:Reprodução
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O dólar encerrou a segunda-feira (10) em queda, cotado a R$ 5,78, impulsionado pela valorização das commodities no mercado internacional, apesar da nova ameaça tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No domingo (9), Trump anunciou a intenção de impor tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, o que pode impactar a economia de grandes exportadores, incluindo Brasil, Canadá e China. Especialistas alertam que essas tarifas podem elevar os custos de produção nos EUA, pressionando a inflação e, consequentemente, as taxas de juros.
Durante o pregão, o dólar recuou 0,13%, após ter atingido uma mínima de R$ 5,7632 e uma máxima de R$ 5,8240. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também operou em alta na última hora do dia, recuperando-se de uma queda de 1,27% na sexta-feira (7). A alta nos preços do petróleo e do minério de ferro contribuiu para a valorização do real, embora as incertezas sobre as tarifas de Trump ainda gerem preocupações no mercado.
A reação internacional às tarifas foi rápida. Na Coreia do Sul, o Ministério da Indústria convocou siderúrgicas para discutir os impactos, enquanto a Comissão Europeia afirmou não ver justificativa para as tarifas e prometeu proteger os interesses europeus. O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, destacou a necessidade de uma resposta unida da Europa. No Brasil, o governo adotou uma postura cautelosa, com os ministros Geraldo Alckmin e Fernando Haddad enfatizando a importância do diálogo antes de qualquer reação.
No cenário econômico, o Federal Reserve (Fed) dos EUA mantém juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, visando controlar a inflação, que está em 2,9%. A expectativa é que o Fed observe os desdobramentos das tarifas antes de tomar decisões sobre juros. No Brasil, as projeções de inflação subiram pela 17ª vez consecutiva, com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) previsto para encerrar 2025 em 5,58%, bem acima da meta de 3,0%. O Banco Central do Brasil divulgou o Boletim Focus, que reflete as expectativas do mercado financeiro para a economia.
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