09 de mar 2025
Noruega investe na economia verde enquanto mantém sua produção de petróleo
Noruega investe na economia verde, destacando se em energias limpas e hidrelétricas. Inauguração da maior usina de hidrogênio verde da Europa marca avanço significativo. Metas rigorosas na construção civil visam zerar emissões de CO2 a partir de 2026. Críticas sobre greenwashing surgem após recorde de licenças de exploração de petróleo. Primeiro ministro defende transição gradual, equilibrando petróleo e energias renováveis.
Foto:Reprodução
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A Noruega, um dos principais produtores de petróleo do mundo, está investindo significativamente na transição para uma economia verde. Com uma população de 5,5 milhões de habitantes, o país adota tecnologias sustentáveis rapidamente, destacando-se na captura de carbono e na transição para veículos elétricos, que já representam quase 90% das vendas de novos modelos. A rede elétrica norueguesa opera com 95% de energias limpas, superando o Brasil, que possui 89% de fontes renováveis.
Desde a descoberta de petróleo no Mar do Norte em 1969, a Noruega transformou sua economia, passando a ter uma renda per capita superior à dos Estados Unidos e da Suécia. O sucesso econômico do país é atribuído à gestão responsável de sua riqueza, que resultou no maior fundo soberano do mundo, com 1,5 trilhão de dólares em ativos. Este fundo impulsiona a transição energética, pressionando empresas a adotarem metas sustentáveis, e é um exemplo que o governo brasileiro usa para justificar a exploração de reservas na Margem Equatorial.
A indústria norueguesa, incentivada pelo governo a reduzir emissões, tem implementado inovações notáveis. A Yara International inaugurou a maior usina de hidrogênio verde da Europa, e Oslo estabeleceu uma meta para que canteiros de obras não emitam CO2 a partir de 2025. Além disso, o país possui mais bombas de calor por domicílio do que qualquer outra nação, exceto o Japão, e até o final de 2024, os veículos elétricos devem superar os de combustão.
Entretanto, a dependência global de combustíveis fósseis apresenta desafios. As sanções contra a Rússia aumentaram a demanda pelo gás norueguês, resultando em um crescimento de 350% na receita da indústria petrolífera entre 2021 e 2022. O primeiro-ministro, Jonas Gahr Støre, reconhece a necessidade de uma transição gradual, enquanto analistas apontam que a Noruega, com seu potencial em energia hidrelétrica e eólica, pode se transformar em um líder climático nos próximos anos.
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