Futuros de ações dos EUA caem com incertezas sobre a economia e tarifas de Trump

Os futuros de ações dos EUA caíram nesta segunda-feira (10), refletindo preocupações sobre a saúde da economia americana, que reduziram o apetite por risco dos investidores. O S&P 500 recuou 0,8%, marcando a pior semana desde setembro, enquanto as ações asiáticas também apresentaram queda. Na Europa, o índice Stoxx 600 devolveu rapidamente um avanço inicial de 0,5%. O dólar permaneceu próximo de sua mínima desde novembro, à medida que a confiança na economia dos EUA enfraqueceu.

Os rendimentos dos Treasuries caíram em todos os vencimentos, com investidores buscando segurança em ativos de renda fixa. O ouro teve leve alta, enquanto o petróleo caiu para níveis próximos aos mais baixos desde setembro, pressionado por dados econômicos fracos da China. A perspectiva de uma desaceleração no crescimento da economia dos EUA aumentou, com o presidente Donald Trump mencionando um "período de transição". Ed Yardeni, presidente da Yardeni Research, afirmou que "está ficando mais difícil enxergar o formato da economia".

Entre os destaques do dia, o estrategista do Morgan Stanley, Michael Wilson, alertou que as ações dos EUA podem cair mais 5% devido ao impacto das tarifas sobre os lucros corporativos. Além disso, as vendas da Tesla na China caíram 9% em fevereiro, enquanto a BYD viu um aumento de 161% nas vendas. No Japão, a JX Advanced captou ¥439 bilhões (US$ 3 bilhões) em sua oferta pública inicial, a maior desde 2018.

Os comentários de Trump sobre tarifas e a possibilidade de recessão geraram incertezas no mercado. O presidente afirmou que "o que estamos fazendo é muito grande" e que a economia está em um "período de transição". A expectativa é que os dados de inflação desta semana, incluindo o índice de preços ao consumidor, influenciem ainda mais o mercado, à medida que os investidores buscam sinais sobre a saúde econômica dos EUA.