11 de mar 2025
Citi rebaixa ações dos EUA e eleva recomendação para papéis chineses em meio a mudanças econômicas
O Citi rebaixou ações dos EUA de compra para neutra, prevendo desempenho inferior. S&P 500 e Nasdaq tiveram quedas acentuadas, enquanto ações chinesas se valorizam. JPMorgan elevou previsão de PIB chinês para 4,7%, destacando setor de tecnologia. DeepSeek, nova empresa de IA, desafia domínio dos EUA e atrai investimentos. Tensão entre EUA e China pode impactar investimentos, com riscos regulatórios crescentes.
Foto:Reprodução
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O Citi rebaixou sua recomendação para ações dos Estados Unidos de compra para neutra, refletindo a percepção de que o excepcionalismo americano pode estar em pausa. A equipe de Dirk Willer, chefe global de macro do banco, acredita que a economia dos EUA não deve superar a de outros países nos próximos meses. O S&P 500, que caiu 2,7% em um único dia, e o Nasdaq, com uma perda de 4%, foram fatores que influenciaram essa mudança de visão. O Citi, por outro lado, elevou sua recomendação para ações da China de neutra para compra, citando resultados positivos e a possibilidade de resolução nas discussões comerciais.
A Bolsa de Hong Kong, com um aumento superior a 20% neste ano, e o índice Hang Seng Tech, que subiu 35%, destacam-se em contraste com os índices de Wall Street, que enfrentam um desempenho negativo. A recuperação do MSCI China, que se valorizou 19%, é considerada a melhor do seu histórico. A tecnologia chinesa, impulsionada por inovações como a da empresa DeepSeek, está desafiando a supremacia dos EUA em inteligência artificial, com Goldman Sachs reconhecendo a mudança na narrativa sobre a tecnologia chinesa.
David Lebovitz, do JPMorgan, mantém uma perspectiva otimista, apesar do aumento das chances de recessão nos EUA, que subiram de 15% para 20%. Ele recomenda que investidores se preparem para comprar ações de tecnologia e do setor financeiro quando o S&P 500 cair abaixo de 5.500. Embora os mercados enfrentem incertezas, os dados econômicos ainda indicam uma expansão contínua. O JPMorgan projeta que o S&P 500 pode terminar o ano em 6.400, um aumento de 14% em relação aos níveis atuais.
A economia chinesa também apresenta sinais de otimismo, com o Citi revisando sua previsão de crescimento do PIB para 4,7% em 2025. Apesar dos desafios, como tarifas dos EUA e a crise imobiliária, a estabilização do mercado imobiliário pode impulsionar o consumo. O cenário de investimentos está mudando, com uma rotação de ativos dos EUA para a China, onde as avaliações são mais atraentes. A tensão entre os dois países, no entanto, continua a ser uma preocupação, especialmente em relação a possíveis restrições regulatórias que poderiam impactar os investimentos.
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