Sentimento do consumidor despenca para 57,9 em março, revela pesquisa da Universidade de Michigan

O sentimento do consumidor sofreu um novo revés em março, com preocupações crescentes sobre a inflação e a queda do mercado de ações, conforme aponta a última pesquisa de sentimento da Universidade de Michigan, divulgada na sexta-feira. O índice de meio mês registrou 57,9, uma queda de 10,5% em relação a fevereiro e abaixo da estimativa de consenso da Dow Jones, que era de 63,2. Em comparação ao ano anterior, o índice caiu 27,1%, atingindo o menor nível desde novembro de 2022.

Embora o índice de condições atuais tenha caído apenas 3,3%, a medida de expectativas para o futuro apresentou uma queda de 15,3% em relação ao mês anterior e 30% em relação ao mesmo período de 2023. As preocupações com a inflação aumentaram à medida que o presidente Donald Trump impõe tarifas contra parceiros comerciais dos EUA. A perspectiva para um ano subiu para 4,9%, um aumento de 0,6 ponto percentual em relação a fevereiro, o maior desde novembro de 2022. Para um horizonte de cinco anos, a expectativa saltou para 3,9%, alta de 0,4 ponto percentual, o nível mais elevado desde fevereiro de 1993.

Apesar das diferenças políticas, os dados mostraram que o sentimento caiu entre todos os grupos demográficos. A diretora da pesquisa, Joanna Hsu, destacou que "muitos consumidores citaram o alto nível de incerteza em torno de políticas e outros fatores econômicos". Hsu também observou que "consumidores de todas as três afiliações políticas concordam que a perspectiva se deteriorou desde fevereiro", com expectativas caindo 10% entre republicanos, 24% entre democratas e 12% entre independentes. No total, o sentimento caiu 22% desde dezembro.