Cramer se despede da Alphabet após lucro superior a 100% devido a preocupações com IA

Jim Cramer anunciou que o Conselho de Administração da sua instituição de caridade venderá 400 ações da Alphabet a aproximadamente R$ 153 cada, encerrando sua posição na empresa. Esta decisão marca a saída do que é considerado o menor investimento entre as ações do grupo conhecido como "Magnificent Seven". Cramer expressou preocupações sobre a dominância do setor de busca da Alphabet, que pode ser ameaçada pelo crescimento de chatbots de inteligência artificial, como o ChatGPT.

Durante uma reunião em março, Cramer mencionou que a Alphabet enfrenta desafios devido à concorrência de modelos de busca baseados em IA, como o Gemini e o Grok, que ele considera superiores. Apesar de reconhecer o potencial de Waymo e YouTube, que estão se destacando, ele enfatizou que a divisão de busca representa mais da metade da receita anual da empresa e é crucial para seus lucros. A pressão a longo prazo sobre esse setor levou à decisão de vender as ações.

Recentemente, um relatório da Melius Research destacou o aumento significativo no número de usuários ativos do ChatGPT, sugerindo que, embora a Alphabet não tenha visto uma queda nas consultas de busca, os jovens estão cada vez mais optando por modelos de busca baseados em IA. Uma colunista influente do The Wall Street Journal também declarou que prefere usar esses modelos em vez do Google, o que pode indicar uma mudança de hábitos entre os usuários.

Com a venda, o Conselho de Cramer espera realizar um ganho médio superior a 100% sobre as ações restantes. A decisão reflete uma estratégia de adaptação às mudanças no mercado de tecnologia e na forma como os consumidores buscam informações, priorizando a preservação do capital em um ambiente de incerteza.