05 de abr 2025
Inteligência artificial pode gerar US$ 4,8 trilhões até 2033, mas riscos de desigualdade persistem
A UNCTAD prevê que o mercado de IA chegue a US$ 4,8 trilhões até 2033. A automação pode impactar 40% dos empregos globalmente, aumentando a desigualdade. Apenas 100 empresas concentram 40% dos investimentos em pesquisa de IA, principalmente nos EUA e China. Centenas de países, principalmente no Sul Global, estão excluídos das discussões sobre governança de IA. A UNCTAD recomenda investimentos e governança inclusiva para garantir benefícios equitativos da IA.
Foto:Reprodução
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O relatório da Conferência de Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas (UNCTAD) projeta que o valor de mercado da inteligência artificial (IA) pode alcançar US$ 4,8 trilhões até dois mil e trinta e três. Apesar do potencial de ganhos de produtividade e transformação digital, a UNCTAD alerta que os benefícios da tecnologia estão altamente concentrados, o que pode aumentar a desigualdade econômica.
A automação impulsionada pela IA pode impactar quarenta por cento dos empregos globalmente, favorecendo o capital em detrimento do trabalho. O documento ressalta que essa dinâmica pode prejudicar a competitividade das economias em desenvolvimento, onde a mão de obra de baixo custo pode ser desvalorizada. O Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia expressado preocupações semelhantes sobre o desemprego gerado pela automação.
Além disso, o relatório destaca que quarenta por cento dos investimentos globais em pesquisa e desenvolvimento em IA estão concentrados em apenas cem empresas, principalmente nos Estados Unidos e na China. Essa concentração de poder tecnológico pode deixar muitos países, especialmente no Sul Global, à margem das discussões sobre governança da IA, com cento e dezoito países fora das principais mesas de negociação.
Por outro lado, a UNCTAD sugere que a IA pode também criar novos setores e capacitar trabalhadores, desde que haja investimento em requalificação. O relatório recomenda um mecanismo de divulgação pública de IA e a promoção de infraestrutura compartilhada, enfatizando que a cooperação internacional é essencial para garantir que os benefícios da IA sejam distribuídos de forma mais equitativa.
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