Starbucks enfrenta desafios com queda nas vendas e resultados financeiros decepcionantes

O CEO da Starbucks, Brian Niccol, reconheceu que os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025 foram decepcionantes, com uma queda de 1% nas vendas comparáveis e lucros abaixo das expectativas do mercado. Niccol, que assumiu o cargo em setembro de 2024, afirmou que a empresa está fazendo progresso em sua estratégia de recuperação, apesar dos desafios enfrentados.

As vendas nos Estados Unidos caíram 2%, superando a expectativa de uma leve queda de 0,26%. O lucro por ação ficou R$ 0,04 abaixo das estimativas, representando uma diferença de mais de 15%. Em contraste, as vendas internacionais tiveram um desempenho melhor, com um aumento de 2% nas vendas comparáveis, impulsionadas por um crescimento de 3% nas transações.

Niccol destacou que, embora os resultados financeiros sejam insatisfatórios, há sinais de progresso nos bastidores. Ele mencionou que a Starbucks está implementando mudanças operacionais para melhorar o atendimento ao cliente, como a adição de mais funcionários e a otimização do tempo de espera em lojas. O CEO também se comprometeu a não aumentar os preços até o final do ano fiscal.

Desafios e Oportunidades

O ambiente econômico desafiador, incluindo tarifas comerciais e inflação, impactou o desempenho da Starbucks. Niccol pediu aos investidores que considerassem o progresso em vez de focar apenas nos números financeiros imediatos. A diretora financeira da empresa, Cathy Smith, reiterou que os resultados desejados levarão tempo para serem alcançados.

Analistas apontaram que a queda nas vendas nos Estados Unidos, que representa cerca de 74% da receita da empresa, é preocupante. No entanto, o desempenho positivo em mercados internacionais, especialmente na China, onde as vendas se estabilizaram, oferece uma perspectiva otimista.

A Starbucks continua a trabalhar em sua estratégia de recuperação, com foco em inovação e melhoria da experiência do cliente. Niccol enfatizou que o sucesso a longo prazo depende de um equilíbrio entre controle de custos e investimentos em melhorias operacionais.