20 de jun 2025
Dólar cai para menos de R$ 5,50 e analistas projetam novos rumos para a moeda
Analistas alertam que a queda do dólar pode ser temporária, com projeções de alta entre R$ 5,20 e R$ 6 até o final do ano.

No curto prazo, a divisa americana deve continuar caindo. Mas até o final do ano, pode voltar a subir (Foto: Pixabay)
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A tendência de queda do dólar pode estar com os dias contados, segundo analistas de mercado. Após fechar a R$ 5,50 na segunda-feira (16), a moeda americana passou a oscilar, registrando uma queda de 0,31% e cotada a R$ 5,482 às 10h10. Embora a expectativa seja de que a divisa continue em baixa no curto prazo, muitos especialistas acreditam que a cotação pode voltar a subir até o final do ano, alcançando entre R$ 5,20 e R$ 6.
Os fatores que têm contribuído para a desvalorização do dólar incluem a alta taxa de juros no Brasil, atualmente em 15% ao ano, e a desaceleração da inflação. Com a Selic elevada, o país se torna atraente para investidores estrangeiros, resultando em um fluxo de capital que pressiona a moeda americana para baixo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou queda de 0,26% em maio, reforçando essa tendência.
Expectativas de Mercado
Os analistas projetam que, apesar da recente queda, o dólar pode voltar a ganhar força. O Itaú BBA prevê uma cotação de R$ 5,65, enquanto o C6 Bank é mais pessimista, estimando um valor de até R$ 6. A situação fiscal do Brasil, considerada frágil, e as incertezas externas, como conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, podem impactar negativamente a moeda.
Além disso, o déficit fiscal dos Estados Unidos, que atingiu US$ 1,31 trilhão na primeira metade do ano fiscal de 2025, também influencia a desvalorização do dólar no mercado internacional. A busca por ativos mais seguros, como o ouro, tem levado investidores a diversificarem seus portfólios, reduzindo a demanda pela moeda americana.
Recomendações para Investidores
Diante desse cenário volátil, especialistas recomendam que os investidores considerem a compra de dólar de forma gradual. Essa estratégia pode ajudar a mitigar os efeitos de oscilações bruscas na cotação. A expectativa é de que, com a continuidade da alta dos juros nos Estados Unidos e a recuperação econômica, o fluxo de capital possa se reverter, impactando o real e a cotação do dólar nos próximos meses.
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