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30 de jun 2025

Energia solar impulsiona desenvolvimento no sertão e atrai bilhões em investimentos

Investimentos em energia solar na região superam R$ 30 bilhões, impulsionando a fruticultura irrigada e gerando novos desafios ambientais.

Investimento no Complexo Solar Futura, da Eneva, foi de R$ 3,2 bilhões. Energia gerada no sertão é vendida no mercado livre para grandes empresas como White Martins (Foto: Divulgação/Eneva)

Investimento no Complexo Solar Futura, da Eneva, foi de R$ 3,2 bilhões. Energia gerada no sertão é vendida no mercado livre para grandes empresas como White Martins (Foto: Divulgação/Eneva)

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A fruticultura irrigada em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) se destaca pela qualidade de suas exportações, como manga, uva e melão, e pela crescente adoção de energia solar. Recentemente, a região recebeu R$ 30 bilhões em investimentos no setor solar, com previsão de mais R$ 60 bilhões em novas usinas.

O Nordeste lidera a geração de energia solar no Brasil, com 53,09% da potência instalada. Talita Porto, da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), destaca que incentivos e acesso a financiamento têm sido cruciais para esse crescimento. Contudo, a expansão enfrenta desafios na infraestrutura elétrica, com sobrecargas que impactam a geração.

Juazeiro se destaca como o maior gerador de energia solar do Nordeste, com 971,6 MW instalados. A região se beneficia de alta incidência solar e áreas planas, favorecendo a instalação de usinas. Fábio Bortoluzo, da Atlas Renewable Energy, observa que a natureza do semiárido é desafiadora para a agricultura, mas ideal para a energia solar.

O projeto Jacarandá, com 187 MW, atende a fábrica da Dow Chemical na Bahia. A Solar Bahia Minas, da Engie Brasil, adquiriu o projeto Juazeiro Solar, que possui 120 MW de capacidade. A Eneva investiu R$ 3,2 bilhões no complexo Solar Futura I, que empregou 3 mil trabalhadores e deve expandir sua capacidade para 2,3 GW.

A geração de energia no sertão é vendida no mercado livre para grandes indústrias. Miguel Fiúza, da empresa regional, afirma que Juazeiro se consolida como um polo de transição energética. A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) contribui com a qualificação de mão de obra e controle de equipamentos.

Apesar dos avanços, projetos de energia renovável têm impactos ambientais. Joaquim Freitas, do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, alerta para o desmatamento, que aumentou significativamente nos últimos anos. A configuração socioeconômica da região, aliada a mudanças climáticas, exige atenção ao uso do solo.

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