03 de jul 2025
UE se prepara para acordo comercial com EUA e evita guerra tarifária
A União Europeia busca um acordo com os Estados Unidos antes de 9 de julho para evitar tarifas retaliatórias de até US$ 115 bilhões.

Lula afirma que a presidência brasileira do Mercosul é uma oportunidade para refletir sobre a posição global (Foto: Reprodução)
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A União Europeia (UE) está disposta a firmar um acordo com os Estados Unidos para evitar uma guerra comercial, conforme afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quinta-feira, 3. A declaração foi feita antes de uma reunião crucial em Aarhus, Dinamarca. Von der Leyen destacou que a UE busca uma "solução negociada" e que as negociações são urgentes, com um prazo crítico até 9 de julho.
O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, está em Washington para contatos importantes que visam evitar a aplicação de tarifas elevadas. A UE se prepara para tarifas retaliatórias que poderiam impactar produtos americanos no valor de US$ 115 bilhões (cerca de R$ 626 bilhões). Von der Leyen enfatizou que a prioridade é estabelecer um entendimento básico antes de entrar em detalhes.
A relação comercial entre as duas potências é significativa, com transações anuais em torno de US$ 1,8 trilhão (aproximadamente R$ 9,8 trilhões). A presidente da Comissão Europeia reconheceu que um acordo detalhado antes do prazo é uma tarefa "impossível", mas reiterou a disposição da UE em negociar. A situação se agrava após a ameaça do ex-presidente Donald Trump de impor tarifas de até 50% sobre as importações da UE, embora tenha concordado em uma pausa até a data limite.
Desafios nas Negociações
As negociações enfrentam desafios, com a possibilidade de medidas retaliatórias da UE contra produtos dos EUA. Von der Leyen afirmou que, caso não haja um acordo, "todos os instrumentos estão sobre a mesa". Especialistas, como Anthony Gardner, ex-embaixador dos EUA na UE, consideram que um acordo abrangente é improvável, sugerindo que um entendimento político básico pode ser mais viável.
A pressão para um entendimento é alta, dado o impacto potencial das tarifas sobre as economias de ambos os lados do Atlântico. As partes envolvidas continuam a trabalhar intensamente para evitar um agravamento nas relações comerciais, que são essenciais para a economia global.


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