China e EUA intensificam ações para efetivar novo acordo comercial

O Ministério do Comércio da China anunciou nesta sexta-feira (4) que Pequim e Washington estão intensificando esforços para implementar acordos comerciais estabelecidos em negociações recentes. O ministério alertou os Estados Unidos sobre a importância de não desestabilizar o consenso "duramente conquistado". A China espera que os EUA mantenham a estabilidade nas relações comerciais e econômicas, considerando-as mutuamente benéficas.

Em declarações feitas na semana passada, o ministério enfatizou a necessidade de Washington preservar o impulso positivo nas negociações. Além disso, alertou outros países para não firmarem acordos que possam prejudicar os interesses da China. A trégua comercial atual impede que a China enfrente tarifas mais altas após o término da pausa de 90 dias, mas analistas indicam que a China pode ser alvo indireto de tarifas devido a acordos entre os EUA e outras nações.

Com o prazo de 9 de julho se aproximando para que países negociem acordos comerciais com os EUA, Pequim quer lembrar a Washington que o sucesso de suas negociações não foi fácil. Neste ano, a China retaliou tarifas americanas suspendendo exportações de minerais essenciais. Durante as negociações em Genebra, a China se comprometeu a remover medidas impostas desde abril, mas os EUA afirmaram que o progresso não foi tão rápido quanto o esperado.

Avanços nas Negociações

Recentemente, as partes concordaram em uma estrutura para implementar o acordo de Genebra, que inclui a aceleração das remessas de minerais de terras raras para os EUA. O ministério chinês informou que está analisando e aprovando pedidos de licença de exportação para itens controlados. Os EUA, por sua vez, também tomaram medidas para suspender restrições contra a China, retomando exportações de software e outros produtos.

As equipes de ambos os lados estão intensificando esforços para implementar os resultados da Estrutura de Londres, que foi descrita como uma conquista significativa nas negociações. A continuidade desse diálogo é vista como crucial para a estabilidade do comércio bilateral entre as duas superpotências.