08 de jul 2025
Fundos registram resgate líquido de R$ 37,8 bi no semestre, com multimercados em queda
Fundos de investimento enfrentam resgates líquidos de R$ 37,8 bilhões no primeiro semestre de 2025, com renda fixa se destacando.

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O primeiro semestre de 2025 registrou resgates líquidos de R$ 37,8 bilhões nos fundos de investimento, tornando-se o segundo pior resultado em cinco anos, superando apenas 2023. Em contraste, no mesmo período do ano anterior, a captação foi de R$ 107,1 bilhões. Apesar de uma leve recuperação em junho, com R$ 13,6 bilhões captados, a tendência de resgates continua preocupante.
A renda fixa se destacou como a classe de melhor desempenho, acumulando um patrimônio líquido de R$ 4 trilhões, um aumento de 11,1% em relação ao ano anterior. No entanto, os fundos multimercados enfrentaram um saldo negativo de R$ 78,9 bilhões devido a resgates significativos, enquanto os fundos de ações somaram R$ 43,6 bilhões em resgates líquidos. Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e FIPs (Fundos de Investimento em Participações) mostraram desempenho positivo, com captações líquidas de R$ 20,8 bilhões e R$ 9,9 bilhões, respectivamente.
Pedro Rudge, diretor da Anbima, destacou a volatilidade nas captações, afirmando que é difícil entender os motivos por trás de meses positivos e negativos. Os fundos multimercados, que apresentaram resgates líquidos de R$ 78,9 bilhões neste semestre, mantêm um cenário semelhante ao do ano passado, com o patrimônio líquido caindo de R$ 1,7 trilhão para R$ 1,5 trilhão.
A tributação de fundos fechados impactou os números, levando a uma transformação de fundos exclusivos em outras categorias. Apesar dos desafios, Rudge acredita que a classe multimercados pode voltar a crescer com a expectativa de queda nas taxas de juros. A renda fixa, embora tenha visto uma redução na captação em comparação com o ano anterior, continua atraindo investimentos significativos, especialmente em crédito privado, que agora representa 13% do patrimônio líquido da indústria.
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