10 de jul 2025
Investidores questionam avaliação da operação da Starbucks na China
Starbucks considera vender participação na China, avaliada em até US$ 10 bilhões, enquanto enfrenta queda nas vendas e forte concorrência local.

Foto: Reprodução
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A Starbucks está considerando a venda de uma participação minoritária em sua operação na China, que enfrenta desafios significativos, como a forte concorrência local e a queda nas vendas. A empresa recebeu propostas que avaliam sua unidade chinesa em até US$ 10 bilhões, atraindo o interesse de grandes fundos de investimento.
As ofertas, que variam entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões, foram recebidas em meio a uma pressão crescente sobre as vendas da Starbucks na China, onde as vendas em lojas comparáveis caíram cerca de 33% em relação aos níveis pré-pandemia. Após a divulgação das propostas, as ações da Starbucks subiram temporariamente mais de 3%, mas encerraram o dia com um ganho modesto de 0,33%.
Desafios no Mercado Chinês
Analistas expressaram ceticismo em relação à avaliação de US$ 10 bilhões, argumentando que pode não refletir os fundamentos da empresa. Ben Cavender, diretor da China Market Research Group, destacou que a Starbucks está lutando para se estabelecer em um mercado cada vez mais competitivo, onde sua participação caiu de 34% em 2019 para 14% em 2024. A empresa enfrenta concorrência de rivais locais, como a Luckin Coffee, que oferece preços mais baixos.
Para tentar recuperar clientes, a Starbucks lançou opções sem açúcar e implementou sua primeira redução de preços na China, com cortes em mais de 20 bebidas. Jason Yu, da CTR Market Research, observou que a marca precisa se adaptar rapidamente às mudanças no mercado, ou poderá ter que fechar lojas menos lucrativas.
Processo de Venda
A Starbucks iniciou o processo formal de venda de sua operação na China no final do ano passado, buscando um sócio estratégico que possa ajudar na expansão. A empresa contratou o Goldman Sachs para gerenciar o processo e deve apresentar uma lista de candidatos nas próximas semanas. Embora a Starbucks ainda não tenha decidido se venderá uma participação controladora ou minoritária, essa movimentação faz parte da estratégia do CEO Brian Niccol para reverter a situação da empresa.
A busca por um parceiro local reflete uma tendência crescente entre multinacionais que buscam fortalecer sua presença no competitivo mercado chinês. A Starbucks reafirmou seu compromisso com a China, enfatizando que qualquer parceria deve ser vantajosa tanto para seus negócios quanto para seus parceiros.


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