- Os preços do petróleo caíram em quatro de julho, com o barril de Brent a US$ 68,64 e o West Texas Intermediate a US$ 66,57.
- A queda foi impulsionada por novos anúncios tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afetam a demanda industrial.
- Trump impôs tarifas adicionais sobre produtos de cerca de 20 países, gerando preocupações sobre a redução da demanda.
- As reservas comerciais de petróleo nos EUA aumentaram em 7,1 milhões de barris, contrariando a expectativa de queda de 1,6 milhão de barris.
- A Opep anunciou um aumento na produção de petróleo, o que pode levar a uma estagnação ou queda nos preços.
Os preços do petróleo registraram queda significativa nesta terça-feira, 4 de julho, devido a novos anúncios tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro caiu 2,51%, fechando a US$ 68,64, enquanto o West Texas Intermediate, para agosto, perdeu 2,65%, encerrando a US$ 66,57.
A decisão de Trump de impor tarifas adicionais sobre produtos de cerca de 20 países, a partir de agosto, gerou preocupações sobre uma possível redução na demanda industrial. John Kilduff, da Again Capital, destacou que essas tarifas “apontam diretamente para o coração da demanda industrial”, afetando setores que dependem de materiais como o cobre, utilizado na fabricação de eletrônicos e automóveis.
Além disso, o mercado já enfrentava incertezas devido ao aumento inesperado das reservas comerciais de petróleo nos EUA, que subiram 7,1 milhões de barris, contrariando as expectativas de uma redução de 1,6 milhão de barris. Essa situação elevou as preocupações sobre um possível excesso de oferta no mercado.
Aumento da Produção da Opep
Em meio a esse cenário, a Opep anunciou um aumento na produção de petróleo, o que pode levar a uma estagnação ou até mesmo a uma queda nos preços. A combinação de tarifas comerciais e aumento da produção pelos principais países produtores intensifica a pressão sobre o mercado, que já se mostrava vulnerável.
Os operadores do setor permanecem atentos às próximas movimentações, tanto na política comercial dos EUA quanto nas decisões da Opep, que podem influenciar ainda mais a dinâmica de preços do petróleo nos próximos meses.
