Tensão entre Brasil e EUA afeta ações e mini-índice nesta quinta-feira

O Ibovespa encerrou a quarta-feira, 16 de agosto, com leve alta de 0,19%, atingindo 135.510 pontos. O dia foi marcado por intensa volatilidade, com o índice chegando a registrar uma mínima de 134.265 pontos. Essa oscilação reflete as incertezas geopolíticas e econômicas, especialmente em relação às tarifas dos Estados Unidos e ao cenário político interno no Brasil.

As bolsas americanas também influenciaram o desempenho do índice brasileiro, fechando em alta após rumores sobre a possível demissão do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. No entanto, o mini-índice apresentou um desempenho negativo, com queda de 0,44%, encerrando aos 136.495 pontos. Para os traders, o dia foi de oportunidades pontuais, mas sem uma tendência clara.

Desempenho Setorial

O GPA (PCAR3) destacou-se com uma valorização superior a 10%, enquanto a Usiminas (USIM5) enfrentou uma queda de 4,52% após um relatório negativo do Goldman Sachs. O cenário permanece incerto, com os investidores atentos aos suportes e resistências que podem influenciar o comportamento do índice nos próximos dias.

A análise técnica do mini-índice indica que, para que a pressão vendedora continue, é necessário romper a faixa de suporte em 136.245/135.650. Caso isso ocorra, o ativo poderá acelerar a queda em direção a 135.300/134.960. Por outro lado, um retorno do fluxo comprador exigirá atenção à resistência em 136.620/136.980, onde um rompimento pode levar a um avanço até 137.280/137.535.

Perspectivas Futuras

No gráfico diário, o mini-índice formou um spinning top, evidenciando a disputa entre compradores e vendedores. O ativo permanece abaixo da média de 200 períodos (137.183 pontos), uma barreira crucial para a continuidade da alta. Para retomar um viés positivo, será necessário romper a região dos 137.183/137.720 pontos.

O Índice de Força Relativa (IFR) está em 38,45, indicando uma zona neutra, sem sinais de sobrecompra ou sobrevenda. A volatilidade deve continuar a ser uma característica do mercado, com os investidores monitorando de perto os desdobramentos fiscais e políticos no Brasil e as influências externas.