18 de jul 2025
Fusão entre BRF e Marfrig enfrenta obstáculos no Cade e se torna incerta
Cade pode levar até 2026 para aprovar fusão entre BRF e Marfrig, enquanto Minerva solicita reavaliação da operação.

Foto: Divulgação / BRF
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Após uma série de adiamentos, a assembleia para deliberar sobre a fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) foi agendada para 5 de agosto. Contudo, a aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode se estender até 2026. A inclusão da Minerva (BEEF3) como terceira interessada complicou o processo, que já contava com um parecer favorável da superintendência em junho.
A análise do Cade, que já se arrasta desde o início do processo, pode exigir instruções complementares, tornando a aprovação mais demorada. O ex-presidente do Cade, Luiz Fernando Furlan, afirmou que, embora um prazo mínimo de seis meses seja possível, a conclusão é mais provável para o primeiro bimestre de 2026. Em junho, o tempo médio de análise foi de 199 dias, segundo dados da Newsletter "De Olho na Concorrência".
A Minerva protocolou uma petição ao Cade solicitando a reavaliação da fusão, argumentando sobre riscos de concentração excessiva no setor de alimentos processados e a influência do fundo Salic, da Arábia Saudita, que possui participação significativa nas três empresas. A petição pede que o Cade considere remédios comportamentais e estruturais, citando uma operação anterior entre Minerva e BRF em 2014.
Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também adiou duas assembleias gerais extraordinárias para discutir a fusão, agora agendadas para 8 de agosto. O desenrolar desse processo é crucial para o futuro das empresas envolvidas e para o mercado de alimentos no Brasil.
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