Catedral Metropolitana e sede da Petrobras recebem reformas no Centro do Rio

Os ícones da arquitetura modernista carioca, a Catedral Metropolitana de São Sebastião e o edifício sede da Petrobras, estão passando por reformas estruturais significativas. As obras, que ocorrem pela primeira vez em quase 50 anos, visam revitalizar essas construções emblemáticas.

A Petrobras investe R$ 1,3 bilhão na revitalização do Edise, com previsão de conclusão em setembro de 2027. As intervenções incluem a remoção e substituição de elementos da fachada, mantendo a arquitetura original. A empresa destaca que as obras são necessárias devido ao desgaste natural e à adequação a normas de segurança. A arquiteta Marcela Abla, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil no Rio (IAB-RJ), ressalta a curiosidade do público diante das mudanças visíveis.

Reformas na Catedral

Paralelamente, a Catedral Metropolitana, projetada por Edgar de Oliveira Fonseca, recebe R$ 70 milhões em obras de restauração, iniciadas em novembro de 2022. O governo do estado financia a recuperação, que inclui a limpeza da estrutura e a restauração dos vitrais, considerados os maiores do mundo nesse segmento. O técnico em edificações Graziane de Luca, da SD Engenharia, explica que a limpeza utiliza tecnologia avançada para remover poluição e impurezas.

Os vitrais, compostos por 102 mil pedaços de vidro colorido, estão passando por um meticuloso processo de restauração. Cláudio Sacramento, responsável pela obra, expressa sua gratidão pela oportunidade de trabalhar na Catedral, que considera sua "casa". As reformas na Catedral visam estar concluídas a tempo de celebrar três importantes aniversários da Arquidiocese do Rio em 2026.

Impacto e Expectativas

Ambas as obras refletem um compromisso com a preservação do patrimônio arquitetônico e cultural da cidade. Apesar das críticas estéticas que sempre acompanharam essas construções, especialistas afirmam que as intervenções são respostas adequadas ao contexto atual. A revitalização desses ícones modernistas não apenas preserva a história, mas também garante a segurança e a funcionalidade para as futuras gerações.