11 de jul 2025
A pressão estética se transforma nas redes sociais com o 'glow up' de verão
Crescimento de transtornos alimentares entre meninas e adolescentes exige atenção de pais e educadores para combater a pressão estética.

Uma mulher revisa seu smartphone na cozinha. (Foto: franckreporter/Getty Images)
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A pressão estética sobre o corpo feminino tem se intensificado, especialmente entre meninas e adolescentes. Desde a pandemia, os transtornos alimentares aumentaram significativamente, com um crescimento alarmante de hospitalizações. Dados indicam que, em países como a Espanha, os internamentos por esses transtornos em menores aumentaram 11% ao ano desde 2016, com um aumento de 26% a 28% entre jovens de 10 a 14 anos desde 2019.
A cultura de dieta e a vergonha corporal são impostas desde a infância, com mensagens que reforçam padrões de beleza irreais. Meninas já expressam preocupação com seus corpos a partir dos sete anos, influenciadas por redes sociais e padrões de beleza. A nova tendência de "autocuidado" é uma tentativa de ressignificar essas imposições, mas muitas vezes acaba se tornando uma nova forma de pressão.
Redes Sociais e Novas Tendências
As redes sociais amplificam essa pressão, promovendo desafios como o "75Hard", que exige disciplina extrema em alimentação e exercícios. Esse tipo de desafio não é autocuidado, mas sim uma forma de controle que pode levar a comportamentos prejudiciais. A comparação constante nas redes sociais, especialmente em plataformas como TikTok, onde comunidades como "skinnytok" promovem a extrema magreza, agrava a situação.
Historicamente, a pressão estética não é nova. Nos anos 2000, a tendência do "heroin chic" levou muitas adolescentes a desenvolverem transtornos alimentares. Hoje, essa pressão se renova, e as novas gerações enfrentam desafios ainda maiores, com a pandemia exacerbando a situação.
A Necessidade de Proteção
É crucial que pais e educadores estejam atentos a essa realidade. Construir redes de proteção e oferecer suporte emocional é fundamental para ajudar meninas e adolescentes a lidarem com a pressão estética. A cultura da dieta e a vergonha corporal não devem ser normalizadas, e é responsabilidade da sociedade garantir que as crianças tenham uma infância saudável e livre de imposições prejudiciais.
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