Brasil adota estratégias para enfrentar a altitude na estreia da Copa América feminina

A seleção brasileira feminina de futebol inicia sua trajetória na Copa América hoje, enfrentando a Venezuela em Chillogallo, Equador, às 21h (transmissão pelo Sportv e TV Brasil). O Brasil, favorito ao título, busca seu nono troféu, mas enfrenta desafios significativos, como a altitude de 2.850 metros em Quito.

A preparação da equipe na Granja Comary, em Teresópolis, focou na aclimatação e no aprimoramento da condição cardiorrespiratória das jogadoras. Com apenas três dias para se adaptar ao ar rarefeito, a comissão técnica implementou técnicas para minimizar os efeitos da altitude. O fisiologista da seleção, Ronaldo Kobal, destacou que a escolha por permanecer em Teresópolis trouxe vantagens, como infraestrutura adequada e tranquilidade para os treinos.

Jogadoras como Ary Borges já enfrentaram a altitude em competições anteriores e compartilham experiências sobre os desafios físicos. A volante mencionou que a resposta ao ar rarefeito varia entre as atletas, com algumas necessitando de oxigênio extra. Para amenizar os efeitos, a comissão tem utilizado um aparelho de sopro para fortalecer a musculatura respiratória.

Desafios e Estratégias

Além da Venezuela, o Brasil enfrentará Bolívia, Paraguai e Colômbia no Grupo B. A seleção colombiana é considerada uma das principais forças do futebol feminino na América do Sul e deve ser um adversário difícil. O técnico Arthur Elias espera que as seleções sul-americanas adotem estratégias defensivas, diferentes das que o Brasil enfrentou em jogos recentes contra potências como Estados Unidos e Japão.

Elias enfatizou a importância de estar preparado para diferentes estilos de jogo e acredita que a melhor forma de se preparar é enfrentar adversários de alto nível. A Copa América não só oferece a chance de conquistar um título, mas também garante vagas para a Copa do Mundo de 2027 e os Jogos Olímpicos de Los Angeles em 2028 para as seleções campeã e vice.