16 de jul 2025
Pais são criticados por expor filhos nas redes sociais e monetizar sua imagem
Debate sobre regulamentação da exposição infantil ganha força após vídeo de mãe forçando filha a beber suco viralizar nas redes sociais.

Foto: Reprodução
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Recentemente, um vídeo viral no TikTok gerou polêmica ao mostrar uma mãe forçando sua filha a beber suco, levando a debates sobre os limites da exposição infantil nas redes sociais. A mãe, que alegou que a criança desprezava a bebida, foi criticada por internautas, que a acusaram de tortura psicológica. O caso reacendeu discussões sobre o fenômeno conhecido como oversharenting, que se refere à superexposição digital de crianças.
A situação se agravou quando a mãe justificou sua atitude como uma forma de punição, afirmando que a filha havia mentido. Especialistas alertam que essa exposição pode ter consequências emocionais graves, afetando a autoestima e as relações sociais das crianças. Maria Mello, do Instituto Alana, destaca que a superexposição pode prejudicar o desenvolvimento emocional e social dos menores.
O debate sobre a exposição infantil não é novo. Em 2020, o caso da pré-adolescente Bel, que foi forçada a participar de vídeos, gerou grande repercussão nas redes sociais. Embora Bel tenha negado ter sido obrigada a gravar, a situação levantou questões sobre o impacto da exposição digital na infância. A psicóloga Patrícia Guillon Ribeiro ressalta que a exposição de momentos íntimos pode interferir na formação da autoestima das crianças.
A Necessidade de Regulamentação
A crescente preocupação com a superexposição infantil levou à discussão sobre a necessidade de regulamentação. O Projeto de Lei 4776/2023, atualmente em tramitação, visa estabelecer limites legais para a prática de sharenting, protegendo a imagem e a privacidade das crianças. Especialistas pedem que o Estado atue com mais rigor, promovendo campanhas educativas e fiscalizando práticas ilegais.
Enquanto isso, alguns pais optam por não expor seus filhos nas redes sociais. A influenciadora Maya Eigenmann, por exemplo, decidiu não mostrar mais o rosto de seus filhos, citando preocupações com a segurança digital. Outros, como Rebecca Cirino, também evitam postagens que possam causar desconforto futuro às crianças.
A discussão sobre a exposição digital de crianças continua a crescer, com a necessidade de um equilíbrio entre compartilhar momentos da infância e proteger o bem-estar emocional dos menores. As plataformas digitais, como TikTok e Instagram, estão sendo pressionadas a adotar diretrizes mais rigorosas para garantir a segurança das crianças em um ambiente online cada vez mais complexo.
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