07 de fev 2025
Palestinos em Gaza rejeitam plano de Trump e prometem reconstruir seus próprios negócios
Palestinos em Gaza rejeitam proposta de Trump para transformar a região em resort. Moradores afirmam que a cultura local não pode ser apagada por interesses externos. Antes da ofensiva israelense, Gaza já tinha um cenário turístico à beira mar. Críticas à proposta de Trump são vistas como uma forma de limpeza étnica. A determinação dos palestinos reflete a memória da "Nakba" de 1948.
Foto:Reprodução
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Os palestinos em Gaza manifestam sua determinação em reconstruir seus próprios restaurantes e hotéis à beira-mar, desafiando a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de criar uma “Riviera do Oriente Médio” sob controle americano e sem a presença da população local. Antes da ofensiva israelense de 15 meses, Gaza já havia desenvolvido um cenário turístico ao longo de sua costa mediterrânea, mesmo enfrentando um bloqueio prolongado.
Assad Abu Haseira, morador de Gaza, expressou otimismo ao afirmar que “não há nada que não possa ser consertado” e planeja reabrir seu restaurante antes mesmo da reconstrução. Ele criticou a visão de Trump, ressaltando que a história dos árabes não pode ser substituída por narrativas estrangeiras. Outro proprietário, Mohammed Abu Haseira, também se mostrou confiante, prometendo que seu restaurante voltará a funcionar “e muito melhor do que antes”.
Historicamente, Gaza foi um destino popular para turistas israelenses, com uma variedade de restaurantes e cafés à beira-mar. A proposta de Trump de transformar a região em um resort internacional, desconsiderando seus habitantes, foi inicialmente apresentada por seu genro, Jared Kushner, e gerou ampla condenação internacional. Críticos apontam que essa ideia se assemelha a uma limpeza étnica, violando normas do direito internacional.
Os habitantes de Gaza rechaçam essa proposta, prometendo não abandonar as ruínas de suas casas. Para eles, essa discussão evoca a “Nakba”, ou catástrofe, que ocorreu após a guerra de 1948, quando cerca de 700.000 palestinos foram forçados a deixar suas residências. A resistência à ideia de Trump reflete um desejo profundo de preservar a identidade e a história palestina.
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