OTAN reforça presença na Polônia após Rússia intensificar ataques com drones na Ucrânia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) enviou aviões de guerra para a Polônia após a Rússia realizar, no último domingo, o maior bombardeio de drones contra a Ucrânia desde o início do conflito. O ataque ocorreu após os EUA demonstrarem força com um bombardeio B-52 próximo à fronteira. Na segunda-feira, tropas americanas e finlandesas voaram a menos de 80 quilômetros da Rússia. O B-52, conhecido por sua capacidade global imediata de ataque nuclear e convencional, foi visto em uma missão de treinamento que incluiu um sobrevoo em homenagem ao Dia da Independência da Estônia.

Em resposta aos ataques russos, a Polônia colocou seus sistemas de defesa aérea em estado máximo de prontidão por quatro horas. O comando militar polonês informou que a medida foi motivada por "atividades de aviação de longo alcance" na Ucrânia. Apesar de não haver violação do espaço aéreo polonês, as autoridades mantêm vigilância constante, dada a proximidade da fronteira com a Ucrânia. A Polônia, que tem uma longa história de cooperação militar com a Ucrânia, é um dos principais países a receber refugiados do conflito.

Um alerta de ataque aéreo foi emitido em grande parte da Ucrânia devido à presença de mísseis de cruzeiro lançados pela Rússia. Autoridades relataram feridos em ataques em Kiev e em outras regiões. O Ministério da Defesa russo afirmou ter interceptado 19 drones ucranianos durante a noite. Os combates ocorrem em um contexto de intensificação dos ataques aéreos, com a Rússia lançando quase 200 drones em uma única noite, resultando em mortes e danos significativos.

Os ataques russos têm se concentrado em instalações de energia, com a Força Aérea Ucraniana relatando que abateu 110 dos 177 drones lançados. As regiões de Kiev, Kharkiv, Kirovohrad e Sumy foram alvos frequentes. Um ataque na região de Kiev resultou em duas mortes e incêndios em residências. Apesar das negações de ambos os lados sobre ataques a civis, milhares de vidas foram perdidas desde o início da guerra em fevereiro de 2022, com a maioria das vítimas sendo ucranianas.