Conflito entre Índia e Paquistão se intensifica com ataques aéreos e acusações mútuas

A tensão entre Índia e Paquistão se intensificou após um ataque mortal a turistas em Pahalgam, atribuído ao grupo militante Lashkar-e-Taiba, que o Paquistão nega. A Índia acusou o Paquistão de atacar suas bases militares com drones e mísseis, enquanto Islamabad refutou as alegações.

Na última quinta-feira, explosões foram relatadas em Jammu, na Caxemira administrada pela Índia, enquanto a região enfrentava um apagão. O ministro da Defesa do Paquistão, Khawaja Asif, afirmou que seu país não estava envolvido nos ataques, dizendo: “Negamos, não montamos nada até agora.” A Índia, por sua vez, declarou que neutralizou tentativas de ataque em Jammu, Udhampur e Pathankot.

As hostilidades aumentaram após a Índia realizar ataques aéreos em supostas infraestruturas terroristas no Paquistão, em resposta ao ataque em Pahalgam, que deixou 26 civis mortos, a maioria turistas indianos. O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, prometeu vingar as mortes causadas pelos ataques indianos, alegando que seu país derrubou cinco caças indianos, uma afirmação não confirmada por Nova Délhi.

Crescimento das Hostilidades

Desde o início da escalada, o número de baixas tem aumentado. O Paquistão reportou 31 mortos e 57 feridos devido aos ataques indianos, enquanto a Índia informou que 16 pessoas morreram por disparos do Paquistão, incluindo mulheres e crianças. A situação é considerada a pior confrontação entre os dois países em mais de duas décadas.

A comunidade internacional, incluindo a ONU, fez apelos por desescalada, mas ambos os lados continuam a se acusar mutuamente de agressões. O porta-voz militar do Paquistão, Lt Gen Ahmed Sharif Chaudhry, afirmou que drones indianos estavam atacando várias localidades em seu território, resultando em uma morte civil e ferimentos em quatro soldados.

A escalada de violência e as trocas de ataques entre os dois países, que têm um histórico de conflitos sobre a Caxemira desde a independência em mil novecentos e quarenta e sete, geram preocupações sobre um possível conflito mais amplo entre as potências nucleares.