Lula defende paz e multilateralismo em visita à Rússia durante Dia da Vitória

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participou do Dia da Vitória em Moscou, onde se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin. A presença de Lula no evento gerou críticas, mas ele considerou as contestações descabidas. Lula defendeu a paz e o multilateralismo, destacando a importância de sua participação em um evento que celebra a derrota do nazismo.

Durante o desfile militar, que marcou os oitenta anos do fim da Segunda Guerra Mundial, Lula reafirmou a posição do Brasil contra a ocupação territorial e criticou a militarização na Europa. Ele expressou preocupação com o aumento do armamento na região, afirmando que gastar trilhões de dólares em armas é uma loucura, especialmente quando o mundo precisa de investimentos em educação e saúde.

Lula também comentou sobre sua conversa com Putin, onde reiterou a disposição do Brasil em atuar como mediador na guerra na Ucrânia, desde que ambos os países envolvidos desejem essa participação. Ele mencionou a criação de um “grupo de amigos” com a China para buscar soluções para o conflito.

Críticas à Guerra em Gaza

Além da Ucrânia, Lula abordou a situação em Gaza, descrevendo a ofensiva israelense como um genocídio. Ele criticou a atuação do Exército israelense, que, segundo ele, ataca mulheres e crianças sob o pretexto de combater terroristas. O presidente enfatizou a necessidade de fortalecer a Organização das Nações Unidas (ONU) para discutir a normalização das relações internacionais.

Após sua visita a Moscou, Lula seguiu para Pequim, onde participará do Fórum China-Celac e se reunirá com o presidente da China, Xi Jinping. Ele também visitará empresas de tecnologia, incluindo a Huawei, em sua primeira viagem à Rússia em quinze anos.