O Irã chamou um diplomata britânico após a prisão de três iranianos no Reino Unido, que foram acusados de espionagem. Eles teriam feito vigilância para encontrar jornalistas da Iran International, uma emissora que critica o governo iraniano. As prisões, consideradas “injustificadas” pelo Irã, ocorreram em um momento de crescente preocupação no Reino Unido sobre atividades de espionagem ligadas ao país. Os detidos, que pediram asilo no Reino Unido, foram levados a tribunal em Londres. Além disso, cinco outros iranianos foram presos no mesmo dia em uma investigação separada, mas quatro deles já foram liberados. A situação está aumentando as tensões entre o Reino Unido e o Irã, afetando a segurança e a liberdade de imprensa.
O Irã convocou um enviado britânico em Teerã após a prisão de três iranianos no Reino Unido, acusados de espionagem. A agência de notícias IRNA informou que o diplomata foi solicitado a explicar o que foi descrito como prisões “injustificadas” e “politicamente motivadas”. Os três homens foram detidos em 3 de maio e compareceram ao tribunal em Londres, enfrentando acusações de espionagem em favor da República Islâmica.
As prisões ocorreram em meio a um contexto de crescente preocupação no Reino Unido sobre atividades de espionagem ligadas ao Irã, especialmente em relação a jornalistas críticos ao regime. Os acusados, identificados como Mostafa Sepahvand, 39 anos, Farhad Javadi Manesh, 44, e Shapoor Qalehali Khani Noori, 55, residem em Londres e chegaram ao Reino Unido entre 2016 e 2022, tendo solicitado asilo.
Vigilância a jornalistas
As autoridades britânicas alegam que os detidos realizaram vigilância para localizar jornalistas associados à Iran International, uma emissora que critica o governo iraniano e é considerada uma organização terrorista pelo Irã. A Secretária do Interior, Yvette Cooper, afirmou que “o Irã deve ser responsabilizado por suas ações” e destacou a necessidade de fortalecer as medidas de segurança nacional.
Além disso, outros cinco iranianos foram presos no mesmo dia em várias cidades britânicas como parte de uma investigação separada de contraterros. Quatro deles foram liberados, mas a investigação continua ativa. A situação reflete um aumento nas tensões entre o Reino Unido e o Irã, com implicações significativas para a segurança e a liberdade de imprensa.