24 de jun 2025
Israel redireciona esforços militares para Gaza após conflito com o Irã
Israel intensifica ataques em Gaza visando o colapso do Hamas, enquanto a crise humanitária se agrava e a pressão interna sobre Netanyahu aumenta.

Palestinos choram a morte de parente durante ataque a um ponto de distribuição de comida em Gaza (Foto: Eyad Baba/AFP)
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As Forças de Defesa de Israel intensificaram suas operações na Faixa de Gaza, conforme anunciado pelo chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, nesta terça-feira, 24. A medida ocorre após 12 dias de conflito com o Irã, que resultaram em um cessar-fogo. O foco agora é o colapso do Hamas e o resgate de reféns.
Zamir destacou que, apesar de um "capítulo significativo" ter sido encerrado, a campanha militar contra o Irã ainda não terminou. Ele afirmou que o programa nuclear iraniano foi adiado, mas não destruído. "Precisamos manter o foco; não há tempo para descansar sobre os louros", disse o general.
A situação humanitária em Gaza continua crítica. Nesta terça, ataques israelenses resultaram na morte de 46 pessoas que aguardavam ajuda em centros de distribuição. Desde o início do conflito, mais de 56 mil palestinos foram mortos, segundo o Hamas, embora Israel conteste esses números.
A ONU condenou Israel por crimes de guerra, alegando que as forças israelenses abriram fogo perto de locais de ajuda humanitária. O bloqueio imposto por Israel desde março agravou a crise, resultando em sérias carências de alimentos e medicamentos na região.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu enfrenta pressão interna. A base ultradireitista do governo exige ações mais contundentes contra o Hamas, o que pode comprometer sua sustentação política. A situação é ainda mais delicada devido ao cativeiro de 50 reféns, com 28 já confirmados como mortos.
A escalada das hostilidades levanta preocupações sobre o impacto humanitário e a segurança na região, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos.



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