02 de jul 2025
Indústria de defesa da Alemanha cresce e exporta armamentos para diversos países
Alemanha aumenta exportações militares para 13,2 bilhões de euros, impulsionadas por tensões geopolíticas e forte demanda na Europa.

Foto: Reprodução
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A Alemanha registrou um crescimento expressivo em seu setor de defesa, com as exportações militares alcançando 13,2 bilhões de euros em 2022, mais que o dobro dos 5,82 bilhões de euros de 2020. Este aumento é impulsionado por tensões geopolíticas e um pacote fiscal histórico que visa expandir os investimentos em defesa e infraestrutura.
Cerca de 80% das exportações militares foram destinadas a "países parceiros próximos", incluindo nações da União Europeia, Japão, Suíça, Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Singapura e Ucrânia. O restante foi enviado a "outros países terceiros", com Qatar e Israel se destacando nesse grupo, conforme informações do Ministério Federal da Economia da Alemanha.
Empresas como Rheinmetall e Hensoldt se beneficiaram desse crescimento, com ações da Rheinmetall subindo mais de 260% nos últimos 12 meses. A Hensoldt, especializada em tecnologia de defesa eletrônica, também viu um aumento significativo em sua demanda, especialmente em meio a crises no Oriente Médio e na Ucrânia.
Principais Empresas do Setor
A Rheinmetall, maior empresa de defesa da Alemanha, teve 46,6% de suas vendas na Europa e 33% no mercado interno. A MTU Aero Engines, focada em motores para aeronaves, reportou um aumento de 13% na receita de sua divisão militar, com destaque para os motores EJ200 usados no Eurofighter.
A Hensoldt, que se tornou independente da Airbus em 2020, continua a ver uma demanda crescente, com 87,8% de sua receita proveniente da Europa. A Renk, fabricante de transmissões para veículos militares, atende mais de 70 forças terrestres ao redor do mundo, com 27% de suas vendas realizadas na Alemanha.
Controvérsias e Desafios
O aumento das exportações militares da Alemanha não está isento de controvérsias. Críticas surgiram em relação às vendas para Israel, em meio a alegações de abusos de direitos humanos em Gaza. O governo alemão, historicamente um forte aliado de Israel, enfrenta pressão para revisar essas exportações.
Além disso, a assistência militar à Ucrânia após a invasão russa em 2022 gerou divisões políticas internas. Enquanto alguns grupos pedem a suspensão do apoio militar, outros defendem a continuidade das entregas de armas, refletindo a complexidade do cenário político atual.
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