05 de jul 2025
Xi Jinping não participa pela primeira vez de cúpula do BRICS e gera especulações
Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro discute desdolarização e cooperação econômica sem a presença de líderes chave, como Xi Jinping e Vladimir Putin.

Evgenia Novozhenina/Pool/AFP/Getty Images/File
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A Cúpula do BRICS, que se inicia neste domingo, 6, no Rio de Janeiro, ocorre sem a presença do líder chinês Xi Jinping e do presidente russo Vladimir Putin. Xi enviou seu vice, Li Qiang, enquanto Putin participará por videoconferência. Este encontro é crucial para o grupo, que busca aumentar sua influência global em um contexto de tensões com o Ocidente.
A ausência de Xi, que tem promovido o BRICS como parte de sua estratégia de reequilíbrio do poder global, levanta questões sobre a importância do evento. A cúpula, que se estende por dois dias, é a primeira com a nova configuração ampliada do grupo, que agora inclui países como Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. A presença de líderes como Narendra Modi, da Índia, e Cyril Ramaphosa, da África do Sul, está confirmada.
A participação de Putin por videoconferência se deve a uma ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional, o que limita sua presença física. A situação é vista como um desafio para o Brasil, que busca reafirmar seu papel no multilateralismo e na cooperação entre economias emergentes. A cúpula também deve abordar questões como a desdolarização e a busca por alternativas ao dólar nas transações comerciais.
A desdolarização é um tema central, especialmente para países como Rússia e Irã, que enfrentam sanções dos EUA. O governo brasileiro, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, tem enfatizado a importância de diversificar as opções de pagamento para reduzir vulnerabilidades econômicas. No entanto, a proposta de uma moeda comum do BRICS, sugerida por Lula, não deve ser discutida nesta cúpula, em meio a críticas e resistência.
A cúpula do BRICS, portanto, se apresenta como um momento de reflexão e estratégia para os países membros, que buscam fortalecer suas relações e discutir soluções para os desafios econômicos globais. A ausência de líderes influentes pode impactar a dinâmica das negociações, mas a expectativa é que o encontro ainda produza resultados significativos para o futuro do grupo.


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