Democratas alertam sobre influência da China e queda da imagem dos EUA no mundo

A imagem dos Estados Unidos como parceiro global confiável está em declínio, conforme aponta um estudo do Pew Research Center. A pesquisa, realizada entre janeiro e abril de 2024, revela que 49% dos entrevistados em 24 países têm uma visão positiva de Washington, enquanto 37% veem a China de forma semelhante. Essa diferença, embora ainda favorável aos EUA, está diminuindo.

O levantamento indica uma mudança significativa na percepção sobre liderança econômica. Em metade dos países pesquisados, a maioria considera a China a principal potência econômica, um aumento em relação a 2023. Na França, por exemplo, 49% dos entrevistados veem a China como dominante, enquanto apenas 37% fazem o mesmo em relação aos EUA.

Ameaças Percebidas

Além disso, os EUA são vistos como uma das maiores ameaças em várias nações, especialmente na Europa e na América Latina. Na França, Alemanha, Suécia e Reino Unido, Washington é considerado a segunda maior ameaça, atrás da Rússia. Em países como Argentina, Brasil e México, os EUA são percebidos como a principal ameaça.

O estudo foi divulgado um dia após democratas da Comissão de Relações Exteriores do Senado acusarem o governo Trump de "ceder a liderança global à China". Eles destacaram a guerra comercial e o recuo no engajamento internacional, citando cortes em ajuda externa e o afastamento de aliados estratégicos.

Mudanças na Confiança

A confiança na liderança americana caiu em 13 países desde o ano passado, enquanto aumentou em apenas seis. Em contraste, a confiança em Xi Jinping cresceu em 16 países. Na Alemanha, a confiança em Trump caiu de 63% para 18%, enquanto a de Xi subiu de 17% para 25%.

O relatório também sugere que a política externa dos EUA, sob Trump, tem enfraquecido alianças e parcerias econômicas. Os democratas propõem a restauração da ajuda externa e um maior engajamento em organizações internacionais para combater a influência crescente da China.

Enquanto isso, a China continua a expandir sua presença diplomática, aumentando seu orçamento em 8,4% e investindo em programas de intercâmbio educacional e cultural. O relatório conclui que a China está utilizando suas alavancas diplomáticas para retratar os EUA como um parceiro pouco confiável.