Incêndio na França causa uma morte e deixa milhares sem energia elétrica

Um incêndio devastador no sul da França, especificamente no departamento de Aude, já consumiu mais de 13.000 hectares e resultou na morte de uma mulher de 65 anos. O fogo, que começou na tarde de terça-feira, feriu também nove pessoas, incluindo sete bombeiros. A situação é crítica, com as chamas avançando a uma velocidade de seis quilômetros por hora.

As condições climáticas, caracterizadas por altas temperaturas e ventos fortes, dificultam o combate ao incêndio, considerado o mais severo do verão francês. O prefeito de Jonquières, Jacques Piraud, relatou que 80% da vila foi queimada, descrevendo o cenário como "dramático". Mais de 2.500 residências estão sem eletricidade, e as autoridades fecharam estradas na região.

Cerca de 1.800 bombeiros e militares foram mobilizados para combater as chamas, com apoio de 500 veículos e recursos aéreos, incluindo aviões Canadair e helicópteros. O governo francês, liderado pelo presidente Emmanuel Macron, expressou apoio às equipes de emergência e pediu que a população siga as orientações de evacuação.

A subprefeita de Narbona, Lucie Roesch, destacou que o incêndio avança em uma área propensa a novas erupções, devido à combinação de baixa umidade e vegetação seca. Ela afirmou que a operação de combate ao fogo será de longo prazo, com previsão de que as chamas continuem a exigir atenção por vários dias.

Além da tragédia humana, o incêndio já devastou aproximadamente 15.000 hectares nesta temporada, afetando também outros nove departamentos do sul da França. As autoridades meteorológicas alertaram que o perigo de incêndio permanece elevado, com a região em nível vermelho de alerta. O governo da Catalunha, na Espanha, ofereceu apoio às autoridades francesas no combate às chamas.