21 de jan 2025
Nunes adia lançamento do 'prisômetro' que mostraria prisões em São Paulo
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, cancelou a inauguração do "prisômetro". O "prisômetro" contaria detenções do programa Smart Sampa, criticado por discriminação. Nunes planeja também um "encontrômetro" para contabilizar pessoas localizadas. O Smart Sampa, que opera com 13 mil câmeras, deve expandir para 20 mil até abril. Críticas de especialistas questionam a eficácia e a transparência do programa.
Foto:Reprodução
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou que manterá o "prisômetro", um painel que mostrará o número de detenções realizadas pelo programa Smart Sampa. Nunes aguarda autorização do comitê responsável por melhorias no centro da cidade. O lançamento do painel, inicialmente previsto para esta terça-feira, foi adiado sem explicações da prefeitura. O termo "prisômetro" é uma referência ao "impostômetro", que contabiliza tributos pagos ao governo.
O programa Smart Sampa, que utiliza monitoramento e reconhecimento facial, tem sido uma das principais iniciativas de Nunes, apesar das críticas sobre possíveis discriminações. O prefeito afirmou que é necessário que "os bandidos temam a Guarda Civil Metropolitana" e que não se preocupa com críticas, exceto as construtivas. Especialistas, como Rafael Alcadipani, questionam a eficácia da divulgação de números de prisões sem contexto, como o tipo de crime e perfil dos criminosos.
Durante um evento com a Guarda Civil Metropolitana, Nunes participou da formatura de 500 novos agentes, parte de um plano que já formou 2.000 novos profissionais desde 2023. A corporação, que conta com 7.399 membros, deve focar na regulação urbana, segundo especialistas, que criticam a estratégia de marketing em segurança pública. A instalação de um "encontrômetro" também foi mencionada, para contabilizar pessoas localizadas pelo sistema de câmeras.
O Smart Sampa opera com 13 mil câmeras, com a previsão de alcançar 20 mil até abril. O programa foi implementado em áreas com maiores índices de criminalidade, mas enfrenta controvérsias sobre seu viés discriminatório. A gestão de Nunes continua a enfatizar a importância do monitoramento para a segurança pública, apesar das preocupações levantadas por especialistas.
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