29 de jan 2025
Cid nega ter usado a palavra ‘golpe’ e pede investigação sobre vazamento de delação
Mauro Cid, ex ajudante de Jair Bolsonaro, fez delação premiada em 2023. Cid reclama de distorções em suas declarações, afetando sua credibilidade. Defesa pede investigação sobre vazamento de depoimento à imprensa, considerado "criminoso". Depoimento revela planos golpistas de aliados de Bolsonaro, incluindo a ex primeira dama. A delação de Cid é crucial para investigações sobre tentativas de golpe no Brasil.
Foto:Reprodução
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Em agosto de 2023, o tenente-coronel Mauro Cid firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, revelando informações sobre sua atuação como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Os relatos de Cid contribuíram para prisões e operações contra bolsonaristas. Contudo, em conversas privadas, ele alegou que suas declarações foram distorcidas para se adequar à narrativa da investigação. “Eles não queriam saber a verdade”, afirmou Cid, expressando descontentamento com a forma como suas palavras foram interpretadas.
Recentemente, um novo áudio de Cid, datado do primeiro semestre de 2024, trouxe à tona críticas sobre a inclusão indevida da palavra "golpe" em seus depoimentos. Ele se mostrou irritado, afirmando que não utilizou o termo durante os interrogatórios. Apesar de sua reclamação, a palavra já constava em relatos anteriores, indicando uma possível contradição em suas declarações. O conteúdo de seu primeiro depoimento, revelado pelo colunista Élio Gaspari, confirma que Bolsonaro considerava um golpe para se manter no poder.
A defesa de Cid solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação do vazamento de seu depoimento à imprensa, considerando-o “criminoso” e prejudicial à credibilidade da delação. O advogado Cezar Bittencourt argumentou que o direito à informação não deve sobrepor o sigilo imposto pelo acordo. O pedido foi protocolado no dia 27 de fevereiro e analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre a tentativa de golpe.
O acordo de delação de Cid é crucial para as investigações que envolvem o ex-presidente Bolsonaro e seu círculo próximo. A defesa de outros envolvidos, como o general Braga Netto, também busca a liberação do conteúdo da delação, mas sem sucesso até o momento. O caso continua sob sigilo, e a Polícia Federal foi solicitada a abrir um inquérito para identificar a origem do vazamento.
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