09 de mar 2025
Lula intensifica discurso sobre inflação e busca reconquistar apoio popular
A popularidade de Lula caiu para 24%, a menor em seus mandatos, devido à inflação. O presidente ajustou seu discurso, enfatizando a inflação e ouvindo trabalhadores. Sidônio Palmeira, novo chefe da Secom, busca melhorar a comunicação do governo. Lula aumentou menções a educação e seu adversário Jair Bolsonaro em discursos. O governo anunciou o fim das taxas de importação para itens essenciais, como carne.
Foto:Reprodução
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Diante de sua menor popularidade em três mandatos, o presidente Luiz Inácio Lula tem ajustado seu discurso para mitigar os impactos da inflação dos alimentos e conquistar novos segmentos do eleitorado. Um levantamento do GLOBO, que analisou 81 pronunciamentos do presidente, revela que ele passou a enfatizar o aumento do custo de vida e a se aproximar de trabalhadores de aplicativo e empreendedores. Essa mudança coincide com a chegada de Sidônio Palmeira à chefia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), que visa melhorar a divulgação das ações do governo, crucial para as eleições de 2026.
A aprovação de Lula, segundo o Datafolha, caiu para 24%, o menor índice de sua trajetória presidencial. O vocabulário do presidente também se adaptou, com termos como “reajuste” e “preços” ganhando destaque. Antes da posse de Sidônio, Lula mencionou a inflação apenas três vezes, número que saltou para 32 após sua chegada. A alta dos preços, especialmente dos alimentos, é vista como um fator significativo para a queda de popularidade, com uma pesquisa da Quatest indicando que 90% da população percebeu o aumento nos preços.
Recentemente, o governo anunciou a eliminação das taxas de importação para itens como carne e café. Lula afirmou que tomará “atitudes mais drásticas” se as medidas atuais não forem eficazes. O presidente também começou a abordar mais frequentemente temas relacionados ao trabalho, como “profissão” e “salário”, reconhecendo a mudança nas aspirações dos jovens, que buscam ser empreendedores em vez de buscar empregos formais.
A nova estratégia de comunicação inclui um tom mais informal e dinâmico, com Lula realizando entrevistas e interações em veículos do interior. Um dos momentos marcantes foi um pronunciamento em rede aberta em fevereiro, onde ele apresentou iniciativas como o Pé-de-Meia. Além disso, o presidente aumentou as menções ao seu adversário político, Jair Bolsonaro, comparando a inflação de seus mandatos. Apesar da intensificação da comunicação, Lula cometeu deslizes, como ao sugerir que a população não comprasse itens caros, o que gerou críticas e evidenciou a fragilidade da comunicação do governo.
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