Vasco enfrenta dia decisivo na Justiça com adiamento do julgamento da liminar da 777 Carioca

O Vasco da Gama enfrenta um momento decisivo nesta quarta-feira, com o julgamento do recurso da 777 Carioca na Justiça. O recurso questiona a liminar de 15 de maio de 2024, que suspendeu os direitos da investidora americana na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, concedendo plenos poderes ao presidente Pedrinho. A diretoria do Vasco acredita que conseguirá manter a liminar, permitindo que o presidente continue a controlar a SAF, mesmo sendo acionista minoritário.

A 777 Carioca, que detinha 70% das ações da SAF, busca reverter a decisão e retomar sua influência na gestão do clube. O juiz que emitiu a liminar apontou o risco de a 777 não cumprir com um aporte financeiro de R$ 310 milhões, o que levou à suspensão de seus direitos. A situação é complexa, pois a venda da SAF se torna incerta, com a empresa sem propostas concretas no momento.

O desembargador Cesar Cury, relator do caso, adiou o julgamento, exigindo que a 777 apresente, em cinco dias, seus representantes legais. O Vasco questiona a validade das procurações apresentadas pela 777, alegando que os diretores foram destituídos e que a empresa está sendo representada apenas por advogados. A falta de clareza sobre quem realmente controla a 777 complica ainda mais a situação.

Além disso, o Vasco já protocolou um pedido de recuperação judicial, que foi aceito pela Justiça, nomeando administradores judiciais. A arbitragem instaurada pelo Vasco contra a 777 não avançou, com renúncias de árbitros indicados. Enquanto isso, o Judiciário continua a ser o principal responsável pela resolução desse impasse, com a disputa se intensificando à medida que novas informações surgem.