León XIV assume pontificado com foco na conciliação e desafios sociais atuais

O novo papa, Robert Francis Prevost, foi escolhido como o primeiro papa americano, sucedendo Francisco em um momento de divisões internas na Igreja e na sociedade. Prevost se apresenta como um papa conciliador, focado em administrar a tradição da Igreja e enfrentando críticas de setores conservadores nos Estados Unidos.

Em sua primeira aparição no balcão de São Pedro, Prevost não fez referências pessoais, marcando um retorno à normalidade após o pontificado de Francisco. Ele se posiciona como um cuidadoso gestor da tradição católica, enfatizando a importância da colaboração em sua missão. A escolha do termo "administrador" em sua homilia sugere uma abordagem menos autoritária, aliviando preocupações de conservadores que criticaram o estilo de Francisco.

Desafios e Expectativas

Prevost enfrenta um desafio significativo ao decidir onde residirá. Ele pode optar por permanecer na residência de Santa Marta, como fez Francisco, ou retornar ao palácio apostólico. A decisão ainda não foi tomada, mas fontes do Vaticano indicam que ele deve continuar em Santa Marta por enquanto.

O novo papa também se prepara para sua primeira cerimônia oficial em 18 de maio, quando se reunirá com líderes mundiais. Em seu discurso inicial, a palavra "paz" foi a mais mencionada, refletindo sua intenção de promover a harmonia. No entanto, sua escolha como papa gerou reações negativas entre grupos ultraconservadores nos Estados Unidos, que o consideram um "anti-Trump".

Foco em Questões Sociais

Prevost demonstrou preocupação com questões sociais e laborais, destacando a necessidade de abordar os desafios da revolução digital. Em conversas com cardeais, ele expressou a intenção de prestar mais atenção às condições de trabalho e à justiça social, reconhecendo que a digitalização pode impactar o emprego.

A escolha do nome Leão XIV remete a um papa do século XIX que dialogou com o mundo moderno. Prevost busca seguir esse exemplo, enfrentando as divisões políticas e sociais que também permeiam a Igreja. A expectativa é que ele promova um diálogo aberto e construtivo, tanto dentro da Igreja quanto na sociedade.