Trump ordena investigação sobre uso de autopen por Biden em teorias conspiratórias

Donald Trump ordenou uma investigação oficial sobre o uso de uma máquina de assinar (autopen) por Joe Biden, alegando que isso poderia ter ocultado sua capacidade cognitiva. A decisão foi anunciada em meio a teorias da conspiração que Trump tem promovido, incluindo a afirmação de que Biden foi "executado" em 2020 e substituído por um robô.

Trump, que não reconhece sua derrota nas eleições de 2020, afirmou que a investigação visa apurar se a autopen foi usada para aprovar decisões executivas sem o conhecimento do presidente. Ele argumenta que isso poderia invalidar ações políticas, como nomeações de juízes e indultos. A ordem foi direcionada à procuradora-geral Pam Bondi e ao advogado da Casa Branca.

“Em meses recentes, ficou evidente que os assessores de Biden abusaram do poder das assinaturas presidenciais”, disse Trump, sem apresentar evidências concretas. Ele considera essa situação um dos "escândalos mais perigosos" da história dos Estados Unidos. A Casa Branca já emitiu mais de mil documentos presidenciais, incluindo 235 nomeações de juízes.

A utilização de autopen não é nova e foi analisada durante a presidência de George W. Bush, que concluiu que o presidente não precisa assinar pessoalmente para que um projeto de lei se torne lei. O uso dessa máquina foi também empregado por Barack Obama em 2011, quando ele estava fora do país.

Trump já havia insinuado anteriormente que os indultos de Biden poderiam ser nulos, afirmando que o presidente não estava ciente de que os estava concedendo. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi questionada sobre a veracidade dessas alegações e respondeu que a responsabilidade de investigar cabe à imprensa.