Breaking News

16 de jun 2025

"Experiência única revela a sensação de estar em uma parada no tempo"

Justiça do Trabalho enfrenta resistência em adaptar se às novas relações de trabalho, gerando insegurança jurídica para trabalhadores e empresas.

Enquanto o mundo gira em ritmo acelerado, transformando o jeito como trabalhamos, consumimos e nos relacionamos com as empresas, a Justiça do Trabalho brasileira está parada nos anos 1940 (Foto: Reinaldo Canato/VEJA.com)

Enquanto o mundo gira em ritmo acelerado, transformando o jeito como trabalhamos, consumimos e nos relacionamos com as empresas, a Justiça do Trabalho brasileira está parada nos anos 1940 (Foto: Reinaldo Canato/VEJA.com)

Ouvir a notícia

"Experiência única revela a sensação de estar em uma parada no tempo" - "Experiência única revela a sensação de estar em uma parada no tempo"

0:000:00

A Justiça do Trabalho brasileira, criada na década de 1940, enfrenta críticas por sua adaptação lenta às novas realidades do trabalho, como o crescimento de plataformas digitais e o empreendedorismo individual. Recentemente, a Justiça tem insistido em reconhecer vínculos empregatícios em situações onde a legislação, como a Lei de Franquias de 2019, não prevê, gerando incertezas para trabalhadores e empresas.

A resistência cultural e jurídica da Justiça do Trabalho é evidente. A insistência em considerar franqueados como empregados, mesmo quando a legislação os classifica como autônomos, reflete uma dificuldade em aceitar novas formas de trabalho. Juízes têm considerado franqueados que faturam altos valores como "hipossuficientes", o que gera um ambiente de insegurança jurídica.

A pejotização, prática comum entre profissionais como médicos e advogados, também é vista com desconfiança. Muitos magistrados se recusam a reconhecer a autonomia de trabalhadores que atuam como pessoas jurídicas, especialmente em setores menos tradicionais. Isso resulta em um cenário onde tanto empresas quanto trabalhadores não sabem o que esperar de uma eventual ação judicial.

Desafios das Plataformas Digitais

A discussão sobre a natureza das relações de trabalho nas plataformas digitais, como Uber e iFood, é outro ponto crítico. A Justiça do Trabalho ainda não compreendeu que essas empresas não contratam motoristas ou entregadores, mas oferecem tecnologia para conectar prestadores de serviço a consumidores. Essa visão distorcida pode prejudicar milhões de trabalhadores que dependem dessas plataformas para sua renda.

A resistência da Justiça do Trabalho também se estende à Reforma Trabalhista de 2017. Antes mesmo de sua implementação, a Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas declarou que não seguiria as novas regras, desafiando a legislação aprovada democraticamente. Essa postura revela uma inversão de papéis, onde juízes se colocam acima da lei.

O futuro da Justiça do Trabalho está em jogo. A necessidade de adaptação às novas realidades econômicas e sociais é urgente. A Justiça deve decidir se quer evoluir ou permanecer presa a um passado que já não existe, sob o risco de ser substituída por novas formas de resolução de conflitos que atendam melhor às demandas contemporâneas.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela