Paes defende filas e confusão nos postos: 'As pessoas pagaram para ver'

O sistema de pagamento Jaé, que começou a ser utilizado para gratuidades no transporte municipal no dia 5 de julho, enfrenta desafios de integração e operação. O prefeito Eduardo Paes criticou a falta de colaboração do estado e da operadora Riocard, que não repassou informações essenciais para a prefeitura. Durante uma coletiva, Paes destacou problemas nas filas de entrega dos cartões e a confusão nos postos de atendimento.

O prefeito atribuiu a situação à cultura de procrastinação no Brasil, afirmando que muitos esperaram para ver se o sistema realmente seria implementado. "Não vamos retroceder nessa transição," afirmou Paes, enfatizando a importância do cadastro para entender os deslocamentos dos usuários e planejar o transporte. Ele também comentou sobre a decisão judicial que suspendeu a obrigatoriedade do cartão para idosos, ressaltando que, por lei, eles podem usar apenas a carteira de identidade.

Problemas e Avanços

Paes criticou a falta de integração do Jaé com outros meios de transporte, como metrô e barcas, afirmando que a solução é simples e depende da vontade do governo estadual. O vice-prefeito Eduardo Cavaliere informou que o número de passageiros utilizando o Jaé atingiu 1 milhão diariamente, com 2,9 milhões de cadastros e 1,7 milhão de cartões emitidos. Ele destacou que, na última terça-feira, o atendimento nos postos superou as expectativas, com 42 mil usuários atendidos.

A partir de 2 de agosto, o sistema será exigido para todos os usuários, mas a expectativa é que a logística melhore, já que muitos trabalhadores utilizam vale-transporte. Paes acredita que o público mais jovem, que tem maior familiaridade com tecnologia, enfrentará menos dificuldades. Ele reiterou que nenhum idoso será impedido de utilizar o transporte público sem o cartão Jaé, e que a prefeitura continua a abrir postos de atendimento para facilitar o processo.