16 de jul 2025
Moraes silencia advogado de Filipe Martins durante audiência conturbada
Ministro Alexandre de Moraes silencia advogado durante audiência sobre disseminação de informações falsas, acirrando tensões no processo.

Ministro Alexandre de Moraes voltou a se indispor com advogado durante audiência na Primeira Turma do STF (Foto: Antonio Augusto/STF)
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BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teve um novo confronto com o advogado Jeffrey Chiquini, que representa o ex-assessor da Presidência Filipe Martins, durante uma audiência nesta quarta-feira, 16. Moraes interrompeu Chiquini ao considerar suas perguntas ao ex-ministro Gonçalves Dias como de tom acusatório, o que gerou tensão entre os dois.
O ministro destacou que as indagações do advogado se transformaram em acusações contra autoridades. Moraes também mencionou que Chiquini já havia adotado uma postura semelhante em audiências anteriores, incluindo uma na terça-feira, 15, onde insinuou sobre a conduta do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O ministro informou ter enviado um ofício ao governador relatando o ocorrido.
Durante a audiência, Chiquini questionou Moraes sobre a recusa em permitir que Gonçalves Dias esclarecesse se recebeu informações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) antes do dia 8 de janeiro. Moraes respondeu que as informações já haviam sido prestadas e, diante da insistência do advogado, silenciou seu microfone. Chiquini demonstrou descontentamento com a decisão, perguntando se sua palavra havia sido cassada.
Oitiva das Testemunhas
As oitivas de testemunhas estão sendo realizadas por videoconferência e envolvem um grupo acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de disseminar informações falsas sobre o processo eleitoral. Entre os réus estão ex-militares e agentes da Polícia Federal, que supostamente participaram de uma operação de espionagem ilegal.
As testemunhas foram questionadas sobre o uso do sistema FirstMile, que foi utilizado indevidamente por servidores da Abin durante o governo anterior. Uma das testemunhas, Luiz Gustavo da Silva Mota, afirmou que os computadores com acesso ao sistema não saíram do Departamento de Operações de Inteligência (Doint), e que seu colega Giancarlo Rodrigues não levou acesso ao Centro de Inteligência Nacional (CIN) após sua transferência.
A Polícia Federal investiga se Rodrigues cumpriu ordens de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, para realizar espionagem ilegal. O CIN é suspeito de operar uma "Abin paralela", monitorando adversários políticos e pessoas ligadas a investigações contra o ex-presidente e seus filhos.
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