Eduardo conquista votos de bolsonaristas após aumento de tarifas de Trump

Eduardo Bolsonaro cresce entre bolsonaristas, enquanto Tarcísio e Michelle perdem apoio

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (17), revela um aumento significativo na preferência dos eleitores bolsonaristas por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na corrida presidencial de 2026. Com 22% das intenções de voto, ele se destaca em um cenário onde seu pai, Jair Bolsonaro, está inelegível. O crescimento de Eduardo ocorre em meio à polêmica do tarifaço imposto por Donald Trump, que retalia o Brasil.

Desde a última pesquisa, realizada em junho, Eduardo subiu 12 pontos percentuais, enquanto Michelle Bolsonaro viu sua popularidade entre os bolsonaristas cair de 44% para 33%. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também perdeu apoio, passando de 17% para 20%. O levantamento mostra que Eduardo já supera Tarcísio, que enfrenta desconfiança por sua proximidade com o establishment político.

Impacto do tarifaço de Trump

O tarifaço de 50% anunciado por Trump sobre produtos brasileiros gerou reações intensas. Eduardo, que se licenciou do cargo de deputado e se encontra nos Estados Unidos, tem articulado sanções contra o STF, enquanto Tarcísio inicialmente apoiou a medida, mas recuou ao perceber os efeitos negativos para a economia. A pesquisa indica que 72% dos brasileiros consideram que Trump errou ao impor as tarifas.

As divergências entre Eduardo e Tarcísio se intensificaram, com acusações de desrespeito e subserviência. Apesar das tensões, Eduardo afirmou ter conversado com Tarcísio, reconhecendo que ambos têm um inimigo em comum: Alexandre de Moraes.

Cenário eleitoral e estratégias

Jair Bolsonaro, mesmo inelegível, continua a influenciar o cenário eleitoral, sinalizando apoio a Eduardo e considerando a possibilidade de sua esposa, Michelle, como candidata. O ex-presidente busca manter seu legado, enquanto Tarcísio enfrenta desafios para conquistar a base bolsonarista, que o vê com desconfiança.

A pesquisa também mostra que, em um cenário sem Jair Bolsonaro, Eduardo dobrou sua preferência, passando de 4% para 8% entre o eleitorado geral. Michelle e Tarcísio também apresentaram quedas, refletindo a dinâmica em mudança entre os candidatos que buscam o apoio do ex-presidente.