17 de jul 2025
Inteligência artificial e desinformação aumentam risco de guerra nuclear
Especialistas alertam para o aumento do risco nuclear e pedem desarmamento urgente em meio a novas tecnologias e desinformação.

A primeira explosão nuclear no local do teste Trinity, no Novo México, julho de 1945. (Foto: CBW/Alamy)
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Aumento do Risco Nuclear em Debate
Recentes discussões em Chicago alertam para o crescimento do risco de guerra nuclear em um mundo marcado por novas tecnologias, como a inteligência artificial (IA), e pela desinformação. Especialistas em segurança nuclear e laureados com o Prêmio Nobel se reuniram na Universidade de Chicago para discutir a urgência do desarmamento e a necessidade de diálogo entre potências nucleares.
Desde o primeiro teste nuclear em 1945, a ameaça de destruição mútua tem sido uma constante. Atualmente, existem nove países armados com armas nucleares, incluindo Estados Unidos, Rússia, China e Índia. O número total de ogivas nucleares ultrapassa 12 mil, e a instabilidade geopolítica atual, acentuada pela invasão da Ucrânia pela Rússia e pela escalada do arsenal nuclear da Coreia do Norte, intensifica essa preocupação.
Tecnologias e Desinformação
Os especialistas destacam que a inteligência artificial e a proliferação de informações falsas podem desestabilizar o delicado equilíbrio da dissuasão nuclear. Durante um recente conflito entre Índia e Paquistão, a disseminação de imagens manipuladas nas redes sociais aumentou o risco de escalada nuclear. A falta de clareza sobre as intenções e capacidades dos adversários pode levar a mal-entendidos perigosos.
Além disso, a utilização de IA em operações militares levanta questões sobre a rapidez das decisões e os possíveis erros que podem ocorrer. A combinação de decisões automatizadas e a pressão do tempo pode resultar em consequências catastróficas.
Chamado à Ação
Os cientistas presentes em Chicago emitiram uma declaração com passos urgentes que os países devem seguir, incluindo a necessidade de retomar negociações para um tratado de redução de armas entre Estados Unidos e Rússia. O atual tratado New START expira em fevereiro de 2026, e a transparência nas discussões sobre os arsenais nucleares é fundamental.
A comunidade científica deve intensificar os esforços para alertar os líderes sobre os riscos emergentes e garantir que as armas nucleares não sejam utilizadas novamente. O futuro da segurança global depende de um compromisso renovado com o desarmamento e a cooperação internacional.
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