18 de jul 2025
Bolinho Ana Maria é acusado de enganar e incentivar consumo de ultraprocessados infantis
Idec denuncia Bimbo do Brasil e influenciadores por publicidade enganosa, alertando sobre riscos à saúde infantil e práticas abusivas.

Bolinho Ana Maria é denunciado pelo Idec. (Foto: Divulgação)
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O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) protocolou uma denúncia contra a Bimbo do Brasil e sete influenciadores por propaganda enganosa dos bolinhos Ana Maria. A queixa foi enviada à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e ao Procon Carioca, na última quarta-feira, e alega que a publicidade infringe o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto da Criança e do Adolescente.
A denúncia destaca que a Bimbo promove hábitos alimentares prejudiciais ao público infantil, alegando benefícios à saúde que não se sustentam na realidade nutricional dos produtos. O Idec analisou 14 bolinhos da marca e constatou que, além de serem ultraprocessados, contêm altos níveis de açúcar e gordura saturada, além de aditivos alimentares com funções cosméticas. A análise revelou ainda que alguns produtos não continham os ingredientes listados nas embalagens, caracterizando propaganda enganosa.
Influenciadores e Estratégias de Marketing
Os influenciadores citados na denúncia, que promovem os bolinhos nas redes sociais, incluem Marina Mazzelli, Isabelli Gonçalves e Camila Queiroz. O Idec argumenta que as campanhas publicitárias, como "O Sabor de Ser Criança" e a promoção de volta às aulas, utilizam estratégias que atraem o público infantil, como cores vibrantes e personagens conhecidos, para induzir a crença de que os produtos são adequados para crianças.
Mariana Ribeiro, nutricionista do Idec, ressalta que expor crianças ao consumo de ultraprocessados pode levar a problemas de saúde a longo prazo, como doenças cardíacas e diabetes. A denúncia também menciona que as ações da Bimbo e dos influenciadores desrespeitam a prioridade absoluta da criança nas políticas públicas, conforme estabelecido na Constituição.
Consequências e Ações Futuras
O Idec espera que as autoridades competentes investiguem as práticas da Bimbo e dos influenciadores, considerando que a publicidade direcionada a crianças deve ser regulada para evitar a exploração comercial. A queixa inclui pareceres técnicos que identificam elementos de enganosidade nas campanhas, reforçando a necessidade de uma abordagem mais responsável na promoção de alimentos para o público infantil.


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