Medidas restritivas aumentam possibilidade de prisão preventiva de Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta novas restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica e proibições de comunicação e deslocamento, aumentando o risco de prisão antes do julgamento da chamada trama golpista, previsto para setembro.

As determinações judiciais refletem a desconfiança entre Bolsonaro e Moraes, especialmente após a fuga da deputada Carla Zambelli para a Itália. O STF busca evitar que o ex-presidente, acusado de crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático e organização criminosa, consiga escapar das consequências legais. Moraes destacou que as ações de Bolsonaro e seu filho, Eduardo, demonstram "atos executórios e flagrantes confissões da prática de atos criminosos".

Além das restrições de comunicação, Bolsonaro está proibido de se aproximar de embaixadas em Brasília e de sair de casa à noite. O ministro tem um histórico de rigor em casos semelhantes, como no retorno à prisão de ex-deputados que descumpriram medidas restritivas. A decisão de Moraes visa garantir que o ex-presidente não tente burlar as regras enquanto aguarda o julgamento.

A situação de Bolsonaro se agrava com as novas imposições, que podem levar a uma prisão antes mesmo do veredicto. O tribunal demonstra preocupação com a possibilidade de fuga, especialmente em um contexto onde a relação entre o ex-presidente e as autoridades judiciais se deteriorou.