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26 de jan 2025

Degradação florestal na Amazônia cresce 497% em 2024, apesar da queda no desmatamento

Em 2024, a degradação florestal na Amazônia aumentou 497%, atingindo 36.379 km². Apesar da queda de 7% no desmatamento, queimadas intensificadas impulsionaram a degradação. O Pará foi o estado mais afetado, com 17.195 km² degradados, 421% a mais que em 2023. A degradação é uma ameaça crescente, mas ainda pouco priorizada nas políticas públicas. A pesquisa sugere que áreas degradadas podem se tornar alvo de desmatamento futuro.

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Dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) revelam que a degradação florestal na Amazônia aumentou 497% em 2024, totalizando 36.379 km² degradados, em comparação aos 6.092 km² de 2023. Este é o maior índice desde 2009, apesar da queda de 7% no desmatamento, que registrou 3.739 km² no mesmo período. Os dados do Imazon são corroborados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que também observou uma redução nas taxas de desmatamento.

A degradação florestal se refere à perda gradual de vegetação, enquanto o desmatamento implica na remoção total da floresta. Mesmo com vegetação remanescente, a degradação compromete a biodiversidade e os serviços ambientais, como a regulação do clima. As principais causas incluem queimadas, exploração ilegal de madeira e o “efeito de borda”, que afeta as árvores nas periferias das florestas. Um estudo de 2005 indicou que 27 árvores são prejudicadas para cada árvore retirada por corte seletivo.

O aumento da degradação em 2024 foi impulsionado por queimadas intensas, especialmente no segundo semestre, coincidente com a estação seca. O Pará foi o estado mais afetado, com 17.195 km² de floresta degradada, um aumento de 421% em relação a 2023. Além disso, a área queimada no Brasil cresceu 79%, superando 300 mil km². A relação entre queimadas e desmatamento é complexa, pois muitas áreas queimadas já haviam sido desmatadas anteriormente.

A degradação florestal é uma preocupação crescente entre ambientalistas, sendo considerada uma ameaça relevante à conservação. Apesar de seu impacto, ainda é pouco priorizada nas políticas públicas. Estudo da Climate Policy Initiative sugere que a degradação pode preceder o desmatamento, especialmente em áreas de pequenos proprietários. O Imazon prevê uma diminuição da degradação no início de 2025, devido ao período de chuvas, e recomenda que gestores aproveitem essa época para fortalecer ações de proteção.

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