21 de fev 2025
Calor extremo atinge 44º na zona oeste do Rio e gera preocupação entre moradores
Guaratiba registrou 44ºC, a maior temperatura desde 2014, impactando a saúde. A Alerj propôs leis para proibir trabalho ao ar livre em dias quentes extremos. Prefeitura instala sensores de ar em ônibus para melhorar climatização e fiscalização. Apenas 200 das 1.234 escolas estaduais têm ar condicionado, afetando alunos. Aumento de internações por calor levou a medidas emergenciais na saúde pública.
Foto:Reprodução
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Na segunda-feira, dia 17, Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, registrou 44º como temperatura máxima, a mais alta desde o início das medições do Alerta Rio em 2014. Um sistema de alta pressão no oceano elevou o nível de calor a 4, em uma escala de 1 a 5, indicando condições críticas. A previsão é de que as altas temperaturas persistam até, pelo menos, sexta-feira, dia 21. A reportagem visitou Guaratiba, Campo Grande e Bangu, onde moradores relataram dificuldades em lidar com o calor extremo.
A aposentada Sueli Felix, de 75 anos, mencionou que enfrenta dificuldades para se deslocar em ônibus lotados e sem ar-condicionado. Outros moradores, como os adolescentes E. e J., que vendem roupas em Bangu, relataram que o calor intenso os faz sentir-se mal. A comerciante Karen Souza, de 35 anos, destacou que a falta de água nas bicas durante o verão afeta a saúde de suas filhas. Das 1.234 escolas estaduais do Rio, 200 não têm ar-condicionado, levando a Secretaria Estadual de Educação a reduzir a carga horária em algumas delas.
O meteorologista Wanderson Luiz Silva, da UFRJ, explicou que a região de Bangu é conhecida por registrar altas temperaturas devido à sua localização entre dois maciços, o da Pedra Branca e o de Gericinó, que retêm o calor. Ele também destacou que a sensação térmica em Guaratiba é exacerbada pela umidade do oceano. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, informou que, em janeiro, 3 mil pessoas foram internadas devido ao calor, e a previsão é de que 4 mil busquem atendimento em fevereiro.
Dois projetos de lei foram apresentados na Alerj para mitigar os impactos do calor extremo, incluindo a proibição do trabalho ao ar livre em dias com temperaturas acima de 40ºC. O Governo do Estado anunciou investimentos de mais de R$ 300 milhões para melhorar a climatização das escolas em 2024. A Prefeitura do Rio também está instalando sensores de ar em ônibus e multou 317 veículos por problemas nos sistemas de climatização. A Secretaria de Educação se comprometeu a resolver os problemas de ar-condicionado nas escolas afetadas.
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